O filme principal traz Bruno Santos, motociclista que sobreviveu a um acidente e hoje usa cadeira de rodas. “Você está tendo a chance de aprender isso neste vídeo. Eu aprendi aqui, nesta rua”, afirma.

A escolha por depoimentos reais não é casual. Pesquisas mostraram que, embora os motociclistas conheçam os riscos, muitos se sentem pressionados por demandas de trabalho, pela necessidade de rapidez e até pela adrenalina. O testemunho foi o formato mais eficaz para gerar empatia e reflexão.

“Os dados mostram que precisamos agir. Esta campanha não é apenas para informar, é para provocar uma mudança real de comportamento, mostrando que a escolha de acelerar tem consequências irreversíveis”, diz Roberta Mantovani, diretora de Segurança Viária do Detran-SP.

Impacto econômico dos sinistros de trânsito

Além da tragédia humana, os sinistros também afetam a economia. Só na capital paulista, as perdas de produtividade ultrapassaram R$ 3,3 milhões em 2024, de acordo com o Detran-SP. Para ampliar o alcance, a campanha será veiculada durante quatro semanas, com a meta de atingir 70% da população ao menos uma vez e 60% ao menos três vezes.

A comunicação será acompanhada de operações de fiscalização intensificadas em todo o Estado, reforçando a percepção de risco para quem insiste em acelerar além do limite.

Combinando dados duros e histórias reais, o Detran-SP aposta em uma narrativa que une emoção e estatística para tentar frear a escalada de mortes no trânsito paulista.