Produção e venda de motos no Brasil tem melhor 1º trimestre em 13 anos
Entre janeiro e março, foram produzidas 438.038 unidades, de acordo com dados da Abraciclo; volume representa alta de 10,3% na comparação com o ano passado
1 minuto, 38 segundos de leitura
10/04/2024
Por: Arthur Caldeira
Ainda impulsionada pelo delivery, a indústria de duas rodas produziu 438.038 unidades entre janeiro e março de 2024. O balanço, divulgado pela Abraciclo, associação que representa as fabricantes do Polo Industrial de Manaus (AM), mostra alta de 10,3% na comparação com o mesmo período do ano passado.
“Nós tivemos um crescimento do PIB, a desaceleração da inflação e uma queda do desemprego. São fatores que tem colaborado com o crescimento do mercado de motocicletas”, analisou o presidente da Abraciclo, Marcos Bento. O executivo também destacou o aumento nas vendas financiadas, que passaram de 34%, em 2022, para 37%, em 2023.
As vendas de motos no varejo também cresceram 21,1% em relação ao primeiro trimestre do ano passado. De acordo com os dados da Abraciclo, foram licenciadas 432.402 motocicletas nos três primeiros meses de 2024. Segundo a associação, a produção e venda de motos no Brasil entre janeiro e março teve seu melhor volume em 13 anos.
“A tendência é que esse ritmo se mantenha ao longo do ano, pois a procura pela motocicleta como solução de mobilidade ou para o trabalho segue em alta, mantendo o mercado aquecido”, concluiu o presidente da Abraciclo.
Produção deve crescer 7,4%, projetam fabricantes
A Abraciclo projeta produzir 1,69 milhão de unidades em 2024. Entretanto, caso o ritmo do primeiro trimestre se mantenha, a produção de motos pode chegar a 1,75 milhão de unidades até dezembro.
Apesar do bom resultado no início deste ano, o presidente da associação dos fabricantes prefere manter a projeção, anunciada anteriormente. “O primeiro trimestre foi positivo, mas a gente mantém a expectativa de 7,4% de crescimento para este ano”, afirmou Bento.
Já para as vendas no varejo a expectativa é um aumento de 16% em relação a 2023, de acordo com projeção dos distribuidores de veículos. Segundo a Fenabrave, entidade que representa os concessionários, o segmento deve fechar o ano com 1,83 milhão de motos emplacadas.
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