Sustentabilidade social e ambiental no transporte coletivo
Entramos em uma nova era do transporte de pessoas, direcionada pela ampliação no uso de energias limpas e pelo aprimoramento da mobilidade urbana
2 minutos, 12 segundos de leitura
14/06/2023
A mobilidade entra em uma nova era de inovação, com uma intensa troca de informações e tecnologias entre os tradicionais players do mercado, além de novos entrantes que cruzam fronteiras e aceleram cada vez mais o desenvolvimento de produtos e serviços mundialmente.
O estudo O Futuro da Mobilidade, recém-publicado pela McKinsey, traça um cenário bastante interessante sobre as principais tendências até 2035. As regulamentações do setor, por exemplo, reforçam a crescente necessidade de reduzirmos a pegada de carbono, por meio de produtos movidos a energia limpa e que promovam a sustentabilidade ambiental.
Contexto desafiador
Em 2020, o setor de transporte foi responsável por cerca de 20% das emissões de gases causadores do efeito estufa no mundo, sendo que 40% desse total foi gerado por carros particulares, segundo a consultoria. O levantamento também aponta que mais de 150 cidades implementaram medidas para reduzir o uso dos veículos particulares e, consequentemente, das emissões de gases, em busca de um sistema de transporte mais amigável para o ambiente.
A ampliação do transporte coletivo tem muito a contribuir para revertermos esse cenário, ainda mais com o avanço da eletromobilidade. A frota de ônibus elétricos na América Latina saltou de 725 veículos, em 2017, para 4.133, em 2023, segundo dados da plataforma E-Bus Radar, que monitora o avanço do segmento em diversos países. Com isso, mais de 400 quilotoneladas de emissões foram evitadas de janeiro a abril deste ano.
Portanto, nas nossas mesas de discussões estratégicas no setor, o tema prioritário é o futuro da mobilidade no País, e, no contexto global, com foco na sustentabilidade ambiental e social.
Do ponto de vista desta última dimensão, testemunhamos a importância da crescente retomada do transporte público e rodoviário após a pandemia da covid-19, com ganhos para todos os envolvidos: passageiros, operadores e indústrias do setor.
A população urbana segue crescendo; portanto, no topo das agendas das municipalidades, está o avanço do sistema de transporte. É fundamental que haja, nesse sentido, ampliação e renovação de frotas de ônibus associados aos sistemas de transporte público, que atendam a população com mais eficiência, mais conveniência e menos custos no longo prazo.
Na Marcopolo, como parte desse processo de transformação, iniciamos a produção de ônibus completos e movidos a energia limpa para fazer frente às novas demandas globais. E ainda há espaço para muitas inovações pela frente.
Vejo perspectivas vibrantes que vão redesenhar a forma que nos locomovemos no mundo para muito além de 2035.
Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do Estadão
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