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Dicas de segurança de quem faz o trânsito

Por: Arthur Caldeira . 31/05/2021

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Dicas de segurança de quem faz o trânsito

Pessoas que se locomovem diariamente pela região metropolitana de São Paulo falam sobre como praticar respeito e responsabilidade pelas vias da cidade

4 minutos, 25 segundos de leitura

31/05/2021

Conteúdo produzido em parceria com o Observatório Nacional de Segurança Viária
Mobilidade Estadão, uma marca laço amarelo
Raquel Sanches Granja, transportadora escolar. Foto: Reprodução
Raquel Sanches Granja, transportadora escolar: "Todo motorista deveria respeitar a sinalização." Foto: Reprodução

O trânsito é formado por aqueles que estão nas vias. Pedestres, ciclistas, motociclistas e motoristas, todos circulam pelas vias com o mesmo objetivo: se locomover. Cada um desses atores pode contribuir para trazer mais segurança a todos. O Movimento Maio Amarelo 2021 chama a atenção para duas atitudes – o respeito e a responsabilidade – que estão em falta em diversos ambientes de convivência, inclusive no trânsito.       

Saímos às ruas da cidade de São Paulo para conversar com quem faz o trânsito. Perguntamos a todos como cada um de nós pode colocar em prática o respeito e a responsabilidade no trânsito a fim de reduzir o número de mortes e lesões nas vias brasileiras.

Pedestre tem a preferência

Desde os 12 anos, Guilherme Reis dos Santos caminha pelas ruas da capital paulista para ir a uma estação de metrô ou um ponto de ônibus. “Uma falta de respeito no trânsito é que a galera não dá espaço para pedestre atravessar. Isso é muito comum no bairro onde eu moro”, diz ele, hoje com 21 anos. Sua rotina, antes da pandemia, incluía duas linhas de metrô e um ônibus para ir de sua casa, na Vila Ré, até a USP, onde cursa engenharia.

Embora, hoje, assista às aulas remotamente, quando precisa sair, se depara com falta de respeito: “É bem complicado tentar atravessar uma rua, porque nem todos os cruzamentos têm semáforos para pedestre. E, se você não der uma de louco, os motoristas, simplesmente, não param”, lamenta o estudante.

O ciclista Guilherme Reis dos Santos: “As pessoas não dão espaço para o pedestre atravessar.”

Falta empatia

A primeira definição da palavra “empatia”, segundo o Dicionário Brasileiro da Língua Portuguesa Michaelis, é a habilidade de imaginar-se no lugar de outra pessoa. Para o experiente ciclista Luciano “Kdra” Lancellotti, 54 anos, isso está ausente no trânsito. “Um dos principais exemplos de falta de educação é não se colocar na posição do outro”, afirma. Ele cita os motoristas que também são ciclistas em fins de semana, mas não o respeitam, e os motociclistas que ultrapassam pelo lado direito e não se colocam no lugar de quem está atrás do volante e tem pontos cegos no carro.

Rosto conhecido entre os ciclistas, Kdra usa a bike para tudo que faz: locomover-se, divertir-se e até trabalhar. Comentarista de esportes em duas redes na TV, Kdra aconselha os ciclistas a usarem roupas claras e luzes para serem vistos no trânsito, além de um bom capacete, luvas e óculos. “Não recomendo a ninguém utilizar fones na cidade. É importante perceber quando os veículos estão se aproximando de nós”, diz.

Luciano “Kdra” Lancellotti: “As pessoas não se colocam no lugar do outro no trânsito.”

Uso do celular é perigoso

O vendedor Tadeu Vilanova, 54 anos, é apaixonado por duas rodas. “Tenho outras motos na garagem, mas uso esta para ir e voltar do trabalho”, diz, apontando para a scooter Honda de 150 cc. Por causa do trânsito, optou pela moto no dia a dia, mas alerta que é preciso ter cuidado, porque, “hoje, todo mundo está louco no trânsito, principalmente os motociclistas”, reforça. Suas principais críticas a eles são a falta de respeito às faixas de pedestre e à alta velocidade.

Mas, para Villanova, a maior falta de respeito no trânsito são os motoristas que estão ao telefone celular e não prestam atenção no trânsito.

Tadeu Vilanova, vendedor: ““Motociclistas não dão seta para mudar de faixa, e isso nos prejudica bastante.”

Só respeitar as regras

Motorista de táxi há dez anos, Raimundo Oliveira presencia, diariamente, desrespeito às regras de trânsito. “O mais comum é ver conversões proibidas, falta de uso da seta e pessoas que não obedecem à sinalização”, diz.

Aos 52 anos, Raimundo diz que o táxi é seu principal meio de locomoção e seu ganha-pão. Ele se gaba de nunca ter se envolvido em acidente de trânsito. “Porque eu respeito a sinalização e os limites de velocidade”, afirma, de forma seca e direta.

Raimundo Oliveira, motorista: “O mais comum é ver conversões proibidas, falta de uso da seta e pessoas que não obedecem à sinalização.”

Cuidar dos menores

Raquel Sanches Granja, 66 anos, pilota uma van escolar praticamente o dia todo, transportando crianças desde 1976. Já foi abalroada por outro veículo em alta velocidade quando parou num semáforo com seu carro particular, mas nunca sofreu nenhum acidente com seus preciosos passageiros. Para isso, diz andar devagar e obedecer, rigorosamente, aos limites de velocidade. “Também é importante respeitar a sinalização de trânsito. Primeiro, porque todo motorista devia fazer isso, e nós, transportadores, também devemos ser exemplo”, ensina ela.

A transportadora escolar dá uma dica, em sintonia com o tema do Maio Amarelo 2021, para reduzir os acidentes. “Para mim, responsabilidade no trânsito é obedecer a sinalização, o limite de velocidade e, principalmente, cuidar do outro.”

Raquel Sanches Granja: “Também é importante respeitar a sinalização de trânsito. Todo motorista devia fazer isso, e nós, transportadores, também devemos ser exemplo.”

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