Pujança das motos elétricas impulsiona a demanda por profissionais qualificados
A primeira motocicleta produzida no Brasil foi em 1951, a Monark. Desde então, o setor tem inovado para manter-se vivo e atraente
3 minutos, 21 segundos de leitura
02/05/2025

O mercado de motos elétricas tem apresentado crescimento significativo nos últimos anos no País. Em 2024, já eram registradas 34,2 milhões de veículos nessas categorias, número composto por mais de 27,7 milhões de motocicletas, 6 milhões de motonetas e 504 mil ciclomotores emplacados, de acordo com a base de dados do Renavam, o Registro Nacional de Veículos Automotores.
Com o aumento da frota de motos elétricas, o mercado faz um movimento interessante e está demandando por profissionais qualificados para manutenção e reparo desses veículos.
Gente capacitada para dar conta desse segmento em expansão, além do surgimento de novas oficinas especializadas em sistemas elétricos e eletrônicos dos veículos, técnicas de diagnóstico e reparo, e normas de segurança específicas para o manuseio de componentes elétricos de alta tensão.
O volume de motocicletas produzidas em janeiro deste ano, pelo Polo Industrial de Manaus, também mostrou um crescimento importante de 34% na comparação com dezembro, de acordo com o levantamento da Abraciclo – Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares.
Conheça as novidades do universo de motos no canal MotoMotor
Motos elétricas: aumento considerável
Os números para esse ano também são positivos, já que são esperados mais de 1,88 milhão de novas unidades produzidas, cerca de 7,5% maior que o registrado no ano anterior.
As exportações também registraram bom desempenho, uma alta de 12,5% na comparação com janeiro de 2024, e 11,5% a mais que dezembro passado.
Outro acontecimento importante que confirma o bom retrospecto do setor foi o anúncio recente da parceria entre iFood e a gestora Ivy Capital. Juntos criaram um fundo para acelerar o mercado de motos elétricas no País.
Com a meta de captar cerca de US$ 50 milhões para mobilidade e transição energética, segundo informado, a estimativa é que até 2035, o fundo tenha condições de produzir 600 mil motos elétricas por ano, contribuindo de forma significativa para a evolução da mobilidade urbana.
Mas a que se deve o bom desempenho e quais os impactos para o mercado?
Ganho em eficiência energética
A categoria mais produzida em janeiro foi a Street, com 87.192 unidades, seguida pela Trail e a Motoneta. Modelos como a Voltz EV1 Sport se destacaram muito, evidenciando a expansão e a diversificação das opções disponíveis no mercado nacional.
Ciclomotores elétricos geralmente possuem motores com potência limitada e são projetados para velocidades mais baixas, adequados para deslocamentos urbanos curtos. Já as motos elétricas têm motores mais potentes, permitindo maiores velocidades e desempenho superior. Outros atributos justificam esse crescimento:
- Economia operacional: motos elétricas apresentam menor custo de recarga em comparação aos combustíveis fósseis e demandam menos manutenção, resultando em economia para os usuários.
- Inovação tecnológica: representa um avanço na adoção de tecnologias limpas e eficientes, alinhando-se às tendências globais de mobilidade sustentável.
- Valorização de imagem: empresas que adotam frotas elétricas demonstram compromisso com a sustentabilidade, melhorando sua reputação perante clientes e parceiros.
- Investir em mobilidade elétrica é uma estratégia que atende às demandas atuais por soluções de transporte mais sustentáveis, econômicas e eficientes, beneficiando tanto o meio ambiente quanto a sociedade em geral.
Além de ser uma opção de mobilidade mais barata, mais sustentável e econômica, elas contribuem para a redução da poluição atmosférica e sonora, promovendo cidades mais limpas e silenciosas.
Quando falamos em eficiência energética, essa modalidade apresenta maior desempenho na conversão de energia em movimento, resultando em menor consumo energético e manutenções devido à simplicidade dos motores elétricos.
Logo, reduz a necessidade de reposição de óleos e lubrificantes que aumentam a poluição e degradação do meio ambiente.
Conheça o que pensam outros Embaixadores da Mobilidade Estadão
Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do Estadão
Quer uma navegação personalizada?
Cadastre-se aqui
0 Comentários