BRT Aricanduva: saiba quando começam as obras e como será novo corredor
BRT vai ligar a Radial Leste ao Terminal São Matheus e é uma das promessas do prefeito Ricardo Nunes; veja vídeo

O BRT Aricanduva pode finalmente sair do papel. A obra, que é do antigo projeto de mobilidade para a Zona Leste da capital paulista, está em fase de licitação e tem previsão de início ainda este ano. A Prefeitura de São Paulo prometeu a entrega até 2028, mas as chuvas podem atrapalhar, de acordo com a SP Obras, responsável pelo projeto da infraestrutura.
Serão 13,6 km de linha exclusiva ao lado da atual avenida Aricanduva, ligando a Radial Leste com o Terminal São Mateus. Além disso, a linha contará com 46 estações de embarque rápido, com banheiros, wi-fi e painéis mostrando informações em tempo real sobre as linhas.
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A entrega do novo BRT é uma promessa da gestão municipal de São Paulo e consta no documento Programa de Metas 2025-2028, divulgado este mês. Veja o vídeo de divulgação:
BRT Aricanduva: promessa de ser até 50% mais rápido
Segundo estimativas realizadas para a elaboração do projeto, o trajeto ficará de 30 a 50% mais rápido com o BRT em relação às atuais linhas de ônibus.
Por exemplo, a linha 4311-10 faz o trajeto do Terminal São Mateus até o Terminal Parque Dom Pedro II, e demora atualmente 80 minutos em horários de pico, segundo dados da SPTrans. Se a estimativa estiver correta, a mesma viagem pode terpa duração entre 40 a 56 minutos.
Integração e próximos passos
O BRT terá integração com as linhas 3-Vermelha e 2-Verde do Metrô SP, linhas 11-Coral e 12-Safira do CPTM, linha 15 do Monotrilho e com os corredores da Radial Leste, Itaquera-Líder e Metropolitano ABD.
O projeto será financiado por uma parceria entre Prefeitura de São Paulo e o Banco Mundial, aprovado em 2020. Serão USS$ 24,5 milhões provenientes do município e US$ 97 milhões do banco, totalizando US$ 121,25 milhões (R$ 713 milhões, na cotação atual).
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As empresas interessadas já apresentaram suas propostas. São quatro lotes e quatro empresas disputam o certame. A conclusão da licitação está prevista para o primeiro semestre deste ano e, em seguida, vêm as obras.
No edital está previsto o limite de 18 meses para finalização da obra, mas é possível que leve mais tempo.
Período chuvoso
O problema, aponta o diretor de projetos da SP Obras, Jorge Bayerlein, é a coincidência com o período chuvoso, o que pode afetar o início e mesmo a duração do empreendimento. Isso porque o Rio Aricanduva tem histórico de alagamentos.
Sensores no rio vão emitir alertas assim que o nível da água ultrapassar o limite de segurança, em casos de suspeita de elevação do nível. Depois das obras, eles continuarão lá, permitindo o evacuamento ágil das estações em uma emergência.
Além disso, Bayerlein afirma que “a [avenida] Aricanduva tem um carregamento pesado e a ideia é não penalizar a população [com a obra]”. O plano de execução será apresentado pela empresa que vencer a licitação, então ainda não há detalhes sobre o impacto da obra no trânsito da região.
Estações com banheiros e wi-fi
As estações vão contar com energia solar para aumentar a sustentabilidade da operação. Além disso, outra inovação são os semáforos inteligentes, que estarão coordenados com a geolocalização dos veículos, visando garantir a preferência do fluxo do transporte público.
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