Leonardo Bieberbach, CEO da Awto no Brasil Foto: Divulgação/Awto
A plataforma chilena de compartilhamento de veículos Awto anunciou sua chegada ao Brasil neste mês de setembro. Com investimento de R$ 30 milhões, a empresa oferecerá motos elétricas e carros compartilhados, inicialmente, na zona oeste da cidade de São Paulo (SP).
“É o centro financeiro do País. Boa parte da população já está acostumada com o modelo de pagar para usar algum meio de transporte para fazer trajetos curtos usando tecnologia, como já ocorreu com patinetes e bicicletas”, acredita Leonardo Bieberbach, CEO da Awto no Brasil.
Criada em 2016, no Chile, onde opera com cerca de 800 veículos e cerca de 400 estações espalhadas por cidades como Santiago e Viña del Mar, o grande diferencial é que a Awto opera no modelo híbrido. Ou seja, os clientes podem alugar o veículo em um ponto da cidade e devolvê-lo em outro. Também é possível mudar de carro para moto de acordo com as necessidades específicas ao longo de uma mesma jornada.
“Pretendemos atingir um público que até possui um carro na garagem, mas que nem por isso deixa de utilizar transportes públicos e apps para servir de apoio à sua mobilidade no dia a dia, seja para uso particular ou de seu pequeno negócio”, diz Bieberbach.
A Awto iniciará suas operações com uma frota de 200 veículos, incluindo motos elétricas e carros compartilhados. Entre os automóveis estarão disponíveis para aluguel sedans, SUVs e utilitários. Já as motos elétricas serão 50 unidades da Voltz EVS nessa primeira fase.
A Awto também adquiriu mais 150 scooters elétricas EV1 Sport da Voltz, mas que devem ser disponibilizadas até fevereiro de 2023. “O negócio com a Awto vem de encontro com os valores da Voltz sobre a necessidade de facilitar a mobilidade urbana com sustentabilidade”, explica Renato Villar, fundador e CEO da Voltz.
Em São Paulo (SP), a Awto vai começar a operar inicialmente por meio de convites para os usuários que se cadastrarem no site da empresa. Mas, a partir de dezembro, o serviço de compartilhamento de veículos estará disponível para qualquer pessoa que baixar o aplicativo e tiver um cartão de crédito.
“Vamos operar em diferentes formatos, sob demanda, ou seja, minutos livres e pacotes pré-pagos de créditos com descontos progressivos para os usuários que confiam na Awto como um meio de transporte recorrente”, explica Bieberbach, CEO da plataforma.
Os preços vão de R$ 0,50 por minuto, mais R$ 0,90 por quilômetro rodado, no caso dos sedans. Já o aluguel das motos e scooters elétricas sai por R$ 1,20/minuto.
As motos da Voltz, por exemplo, vão receber a tecnologia de aluguel da Awto, além de um baú com dois capacetes. Dessa forma, o cliente não precisa ter o próprio capacete para alugar uma moto elétrica. Também poderá levar garupa. Assim que o cliente fizer a reserva de uma das motos via aplicativo, o baú poderá ser destravado e a moto liberada para utilização.
No início, a área de atuação da Awto terá como foco a zona oeste da capital paulista. Contudo, a operação será expandida na cidade conforme mais veículos forem adicionados à plataforma. Futuramente, a Awto também deverá atuar em oututros centros urbanos importantes em breve, como Curitiba, Campinas, Belo Horizonte, Brasília, Porto Alegre, Recife e Rio de Janeiro.