No dia 11 de novembro Jadson Pires morreu após ser vitima de agressão por agentes da ViaMobilidade e um guarda civil metropolitano à paisana na Estação Carapicuíba (SP). Na quarta-feira, 4 de dezembro, a concessionária comunicou que demitiu os envolvidos e que todos os seus agentes de segurança passarão por reciclagem no treinamento. Os funcionários envolvidos no caso prestaram depoimento à Polícia Civil.
A ocorrência, no entanto, não foi o único caso de violência nas estações de trem e metrô neste ano. O Mobilidade Estadão elencou algumas das ocorrências em que pessoas foram vítimas de agressão no transporte sobre trilhos paulistano.
Leia também: Agentes da ViaMobilidade agridem homem em estação da Linha 8-Diamante, vítima morre
Em 31 de agosto um homem foi vítima de agressão por agentes de segurança da CPTM na Estação Brás. O local atende as Linhas 3-Vermelha do Metrô e 10-Turquesa, 11-Coral e 12-Safira da CPTM. Neste caso, um policial militar à paisana também participou dos atos de violência.
De acordo com a CPTM, a confusão ocorreu após os seguranças tentaram impedir que um grupo de passageiros consumisse bebidas alcoólicas e fumasse dentro da estação de trem. A prática é ilegal pelo regulamento do meio de transporte.
Em abril deste ano, um policial militar agrediu uma mulher com um tapa no rosto. O caso aconteceu na Estação Luz, que atende as Linhas 1-Azul e 4-Amarela do Metrô, além dos ramais 7-Rubi e 11-Coral da CPTM.
O ato de violência policial foi gravado por usuários da estação. Neste caso, o Metrô preferiu não comentar a situação e deixou que a Secretaria de Segurança Pública respondesse à imprensa, uma vez que o funcionário não pertencia a empresa.
“O agente de segurança é bem treinado. Nós reciclamos todos os anos o treinamento. O objetivo não é machucar os usuários do modal, mas contê-los caso ocorra algum crime. Mesmo que o indivíduo tenha molestado uma mulher a gente buscar conter esse indivíduo na mesma integridade”, afirma Maurício Cardoso, preparador físico de segurança do Metrô.
Cardoso explica que, nos cursos de preparação, os agentes recebem aulas de imobilização e aprendem noções sobre direitos humanos e direito penal. Por fim, ele ressalta que a recomendação é que se apreenda qualquer criminoso sem causar danos a integridade física dele.
Leia também: Metrô reforça a segurança para o Natal, confira os casos que agentes estão prontos para atender