Nesta última segunda-feira, 4 de setembro, a partir das 19h, na sede do Insper, na Vila Olímpia, em São Paulo, será lançada uma importante iniciativa, inédita no Brasil, que tem como objetivo trazer melhorias ao ecossistema de mobilidade das cidades brasileiras.
O resultado da parceria entre o Grupo CCR, uma das principais empresas de infraestrutura que operam no País, e o Laboratório Arq.Futuro de Cidades, do Insper, veio com a criação do Observatório Nacional de Mobilidade Sustentável
“Estamos muito felizes com essa parceria e acreditamos que podemos colaborar bastante para a melhoria da mobilidade no Brasil”, diz Miguel Setas, CEO do Grupo CCR.
Segundo Setas, as conversas com Sérgio Avelleda, coordenador do Núcleo de Mobilidade Urbana do Laboratório Arq.Futuro de Cidades, do Insper, tiveram início há cerca de quatro meses, e a expectativa, agora, é que os trabalhos comecem em breve. Afinal, nesta área, desafios é o que não faltam.
“A CCR tem uma poderosa base de dados, que, depois de estudada e trabalhada por pesquisadores do Observatório, poderá ser muito útil para orientar, após serem analisados e interpretados, diversas instituições e entidades envolvidas com o ecossistema da mobilidade urbana, como representantes do poder público, da iniciativa privada, investidores, entre outros players relevantes do ecossistema”, finalizada Avelleda.
E dados de qualidade não vão faltar. Afinal, a CCR é responsável por transportar, diariamente, cerca de 3 milhões de pessoas, em sua maioria no sistema sobre trilhos de São Paulo, já que a empresa opera duas linhas de trem e duas de metrô na capital paulista.
Certamente, um dos focos das primeiras linhas de pesquisa do recém-lançado Observatório será abordar um tema muito relevante para quem estuda a mobilidade urbana. “A questão da segurança viária é muito séria. Não podemos mais permitir que cerca de 120 brasileiros percam a vida, todos os dias, nas vias do País”, comenta Avelleda.
O Observatório contará ainda com um comitê de governança, formado por representantes do Insper e da CCR, que atuarão em conjunto na definição dos temas a serem aprofundados.
Outro ponto fundamental a ser pesquisado serão os estudos relativos à sustentabilidade, já que o sistema de transporte ainda é um dos principais emissores de gases que aceleram o efeito estufa. “Seguramente, nessa rica base de dados que a CCR irá compartilhar com o Insper, há informações importantíssimas relacionadas à descarbonização do transporte”, diz Avelleda. Uma das linhas de pesquisa a serem encaminhadas será sobre a eletrificação como forma de mitigar a descarbonização do sistema.
O CEO da CCR reforça ainda a relevância dessa parceria, já que a macrometrópole de São Paulo é uma das cinco maiores do mundo – as outras quatro estão na Ásia. “Portanto, tudo o que acontece em São Paulo é muito relevante, pois representa um grande desafio em relação à complexidade da mobilidade urbana e da logística. As soluções aqui encontradas podem ter projeção internacional”, analisa Setas. “Queremos colaborar para que esse Observatório tenha competência técnica, encontre as melhores práticas e exporte conhecimento para o mundo”, finaliza Miguel Setas.
Importante: para ampliar ainda mais o nível dos estudos, o Observatório Nacional de Mobilidade Sustentável também está aberto a novas parcerias e cooperações. Por mais iniciativas como esta que podem ajudar a melhorar a qualidade de vida de milhões de brasileiros todos os dias.