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Manter carro elétrico custa 30% menos que modelo convencional

Por: Mário Sérgio Venditti . 12/09/2023

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Manter carro elétrico custa 30% menos que modelo convencional

Fatores como frenagem regenerativa contribuem para o menor custo das revisões dos automóveis movidos a bateria

3 minutos, 48 segundos de leitura

12/09/2023

Por: Mário Sérgio Venditti

Uma das características do Renault Kwid E-Tech é o uso da frenagem regenerativa. Foto: Divulgação Renault

Aos poucos, os preços dos carros elétricos vendidos no Brasil estão se tornando mais competitivos em comparação aos modelos similares com motor a combustão. Quando se fala de valores, porém, os veículos movidos a bateria têm uma grande vantagem: são mais baratos de manter.

A manutenção é mais em conta para o bolso do proprietário porque o carro elétrico possui menos peças em seu conjunto mecânico: são aproximadamente 50 partes móveis, contra 350 de um modelo convencional. Dessa forma, os custos chegam a ser 30% menores.

O veículo elétrico não tem componentes como velas, correias, filtros de combustível e de óleo, engrenagens de câmbio, bielas e virabrequim, o que simplifica a revisão. 

Veja o exemplo da troca de óleo. O automóvel com motor a combustão deve receber a substituição, basicamente, de óleo e filtro de óleo a cada 10 mil quilômetros rodados. Itens como vedação do cárter e filtro de combustível também precisam ser verificados. 

Revisão mais simples

Além disso, dependendo do estado do carro, outros serviços são necessários, como verificação ou troca de correia, mangueira de combustível e sistema de embreagem. Nada disso existe em um modelo elétrico. 

No veículo com propulsão elétrica, o desgaste das pastilhas de freio é inferior, pois o sistema é menos requisitado. Isso acontece porque, quando o motorista tira o pé do acelerador, a velocidade do automóvel começa a diminuir, em um trabalho de frenagem automática, que ajuda a regenerar a bateria

A revisão do carro elétrico é menos complicada e demorada. Ela inclui a inspeção das portas de carregamento e dos rotores e uma análise geral do uso da bateria. Pastilhas de freio, fechaduras, filtro de ar-condicionado, suspensão, dobradiças e trincos também são vistoriados.

Há outros fatores que contribuem para a manutenção mais barata do veículo 100% elétrico. O custo energético igualmente é bem menor, uma vez que ele aproveita 90% da eficiência energética disponível, contra 30% dos automóveis com motor a combustão. Isso significa custo operacional menor, uma vez que o conjunto motriz sofre menos desgaste. 

Mão de obra especializada

O que assusta mais na manutenção é a situação de defeito da bateria, o componente que representa o principal custo do automóvel elétrico. Menos mal que, quando apresenta alguma avaria, não é preciso trocar a bateria toda, mas sim um de seus módulos. 

Mas o dono de carro elétrico deve ficar atento. A manutenção adequada requer investimentos das oficinas e das concessionárias, que incluem treinamento e contratação de mão de obra especializada

Em média, as concessionárias das marcas desembolsam R$ 200 mil para adequar e digitalizar uma área de suas oficinas destinada à manutenção de veículos elétricos.

De quebra, elas precisam de profissionais preparados e equipamentos específicos, como carregadores de corrente contínua de até 150 kW e ferramentas para retirada dos módulos da bateria. 

Da mesma forma que a manutenção de redes elétricas deve ser feita por profissionais qualificados — seguidores de rígidos procedimentos de segurança –, os técnicos dos veículos elétricos também precisam ser altamente qualificados.

Frenagem regenerativa

A frenagem regenerativa economiza as pastilhas de freio graças à sua tecnologia sofisticada. O sistema recupera a energia cinética desperdiçada durante a frenagem ou desaceleração, transformando-a em energia elétrica, que será armazenada na bateria e poderá aumentar a autonomia do carro.

A frenagem regenerativa funciona assim: ao se deslocar, o veículo elétrico utiliza energia cinética (energia do movimento). Durante a frenagem, ela é dissipada na forma de calor pelos freios, gerando energia térmica por meio do atrito.

O sistema trabalha com um motor elétrico, que atua como gerador na frenagem. Quando o motorista aciona o freio ou para de acelerar, o motor elétrico entra em modo gerador e o movimento das rodas produz energia, enviada às baterias. Modelos como Renault Kwid E-Terch e Nissan Leaf dispõem do recurso de frenagem regenerativa.

A tecnologia, na verdade, não é nova. Ela já era utilizada por bondes na Inglaterra, no começo do século 20, e foi introduzida nos carros da Fórmula 1 em 2009. 

Para saber mais sobre eletrificação no segmento de transportes, acesse o canal Planeta Elétrico

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