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Meta da Prefeitura de São Paulo é implantar o Programa de Rotas Acessíveis em todas as regiões

Por: Patrícia Rodrigues . 06/09/2023

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Mobilidade para quê?

Meta da Prefeitura de São Paulo é implantar o Programa de Rotas Acessíveis em todas as regiões

Ao todo, 25 áreas da capital paulista deverão ser contempladas com melhorias que auxiliem na mobilidade

5 minutos, 1 segundo de leitura

06/09/2023

Por: Patrícia Rodrigues

Rotas acessíveis devem aumentar o número de usuários dos equipamentos, dando maior segurança durante esses trajetos. Foto: Marco Ankoski

Atualmente, o Programa das Rotas Acessíveis abrange seis projetos piloto, com entrega prevista ainda nesta gestão – Vila Clementino, Linha Azul (Vila Mariana), Barra Funda, Marechal Deodoro e centro –, com a participação de diferentes secretarias e órgãos. Elas fazem parte de um plano total de 25, para outras gestões, que deverão se estender a todas as regiões da cidade, 

A Rota Acessível da Vila Clementino, por exemplo, já teve as calçadas reformadas pelo Plano Emergencial das Calçadas (PEC) em 2019, ação realizada pela Secretaria Municipal das Subprefeituras (SMSUB). Em parceria com a empresa responsável, a SMPED implantou o piso tátil de pintura extrudada e, em 2022, adquiriu 40 botoeiras sonoras, das quais 5 foram instaladas em cruzamentos da Rua Borges Lagoa pela Secretaria de Mobilidade e Trânsito (SMT), por meio da CET. No local, também foram realizados ajustes nos pisos táteis pela Subprefeitura da Vila Mariana. 

Leia também: Prefeitura de SP implanta programa de rotas acessíveis para PCDs e pessoas com mobilidade reduzida

As vistorias realizadas pela gestão municipal com representantes de algumas instituições (Adeva e Laramara) e da Comissão de Mobilidade a Pé da Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP) sinalizaram resultados positivos onde as botoeiras foram implantadas. “Houve melhoria nos trajetos das pessoas com deficiências, em relação ao atendimento à acessibilidade”, acrescenta Renato Melhem, coordenador de Acessibilidade e Desenho Universal (Cadu), da SMPED.

As outras cinco rotas projetadas no Plano de Metas da prefeitura (2021-2024) têm previsão de implantação até final de 2024. A longo prazo, elas devem aumentar o número de usuários desses equipamentos onde estão instaladas, além de trazer maior segurança com a redução no número de acidentes. Confira:

Rotas Acessíveis até 2024

Vila ClementinoInstituições: Fundação Dorina Nowill, AACD, Graac.
Pontos de interesse: Linha 5-Lilás, Linha 1-Azul, Shopping Santa Cruz, Hospital São Paulo

IpirangaInstituições: Fundação Padre Chico.
Pontos de interesse: Sesc, hospital e Museu do Ipiranga

Barra FundaInstituições: Unidade para Reabilitação de Deficientes Visuais (URDV), Associação Cívica Feminina e Museu da Inclusão.
Pontos de interesse: Estação Barra Funda, Memorial da América Latina e Uninove

Marechal Deodoro/Santa CecíliaInstituições: Laramara.
Pontos de interesse: Metrô Marechal Deodoro/Faculdade Oswaldo Cruz

Linha Azul/Vila MarianaInstituições: Adeveb, Ahimsa, Fernanda Bianchini Ballet, Adeva.
Pontos de interesse: Metrô Linha Azul/Centro Cultural Vergueiro/Igreja Ortodoxa

Centro Instituições: Secretaria da Pessoa com Deficiência (SMPED), Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência (CMPD).
Pontos de interesse: Biblioteca Mario de Andrade, Theatro Municipal, Shopping Light, Prefeitura, Catedral da Sé, Pátio do Colégio, Mercado Municipal.

Botoeiras sonoras já foram instaladas na Vila Clementino. Foto: Marco Ankoski

Confira todas as áreas incluídas no Programa de Rotas Acessíveis

• Barra Funda – Fase 1

• Barra Funda – Fase 2

• Bela Vista: Terminal Bandeiras, Câmara Municipal, Federação Espírita, Hospital de Ref. da Mulher e Teatros 

• Belenzinho: Estação Belém, Largo São José do Belém, Parque Manoel Pitta, UBS e Fábrica de Cultura

• Brooklin: Estação Brooklin, Clube Banespa, UBS Meninópolis

• Campo Limpo Estação: Sesc e Shopping Campo Limpo, igrejas e serviços públicos

• Centro

• Chácara Santo Antônio: Linha 9 – Esmeralda da CPTM, Shoppings, Consulado Americano, Centro Empresarial

• Consolação

• Interlagos: Autódromo de Interlagos, Hospital Interlagos Estação Autódromo

• Ipiranga

• Itaim Bibi: Estação Cidade Jardim, Parque do Povo, Hospitais e Consulado da Colômbia

• Largo Treze de Maio: Linha 5 – Lilás, Poupatempo, subprefeitura, mercado municipal, hospitais e faculdades.

• Luz: Delegacia da Pessoa com Deficiência, Linha 1 – Azul, Sala São Paulo, Pinacoteca Parque da Luz, Fatec

• Marechal Deodoro

• Metrô Linha Azul

• Mirandópolis: Centro de Apoio ao Deficiente Visual, Estação Praça da Árvore, Igreja de Santa Rita

• Paulista: Linha 1 – Azul, Masp, hospitais, Parque Trianon e SESC

• Parada Pinto: Horto Florestal, Fábrica de Cultura, escolas e igrejas

• Santa Cecília: Estação Santa Cecília, Terminal Princesa Isabel, Santa Casa, Hospital 

Pérola Byington

• São Miguel: Estação São Miguel Paulista, Hospitais, Instituto de Geriatria

• Sumaré: PUC, Tuca, laboratórios e escolas

• Vila Clementino – Fase 1

• Vila Clementino – Fase 2

• Vila Prudente: Estação Vila Prudente, Confederação Brasileira de Desportos de Deficientes Visuais – CBDV, Hospital Dia, SENAC, ETEC, escolas

Desafios das PCDs vão além da questão da mobilidade

O Brasil possui cerca de 18,6 milhões de pessoas de 2 anos ou mais (ou 8,9% desse grupo etário) com algum tipo de deficiência, de acordo com dados do módulo Pessoas com Deficiência, da Pnad Contínua 2022, feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). É a primeira vez na história em que indicadores para pessoas com deficiência (PCDs) são disponibilizados, trazendo um panorama detalhado de inserção no mercado de trabalho, condições de estudo e outras características gerais dessa parcela da população.

Embora a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência, do Estatuto da Pessoa com Deficiência, oficialmente a Lei 13.146/2015, seja muito completa e aberta sobre os principais direitos desses cidadãos, a realidade é bem mais complexa. São inúmeras dificuldades – incluindo menor acesso à educação e ao mercado de trabalho –, que se estendem também à questão da mobilidade, tanto no transporte público e no acesso a edifícios quanto na segurança viária.

Em março deste ano, uma pesquisa realizada pelo Instituto Locomotiva, com o apoio da Uber, mostrou que 77% das pessoas com deficiência já vivenciaram situações de preconceito durante seus deslocamentos. Foram ouvidos 800 portadores de deficiência visual, auditiva, motora, intelectual ou múltipla, moradores em 11 regiões metropolitanas. Além desse percentual, 86% dos entrevistados também afirmaram que temem ser vítima de situações como ser furtado, assaltado, agredido fisicamente ou sofrer algum acidente de trânsito durante suas viagens.

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