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Projeto Viver de Bike registra participação cada vez maior de mulheres

Por: Daniela Saragiotto . 08/03/2023

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Projeto Viver de Bike registra participação cada vez maior de mulheres

Capacitação do Instituto Aromeiazero promove geração de renda, empreendedorismo e ensina mecânica de bicicleta em São Paulo e em Macaé

3 minutos, 6 segundos de leitura

08/03/2023

Por: Daniela Saragiotto

alunas do Viver de Bike, do Instituto Aromeiazero
Alunas do Viver de Bike, curso do Instituto Aromeiazero que ensina mecânica e como gerar renda com a bicicleta. Foto: Divulgação Instituto Aromeiazero

O projeto Viver de Bike, curso gratuito de mecânica e geração de renda por meio da bicicleta promovido pelo Instituto Aromeiazero, tem registrado uma procura cada vez maior pelo público feminino. O treinamento começou em 2016, em São Paulo, e hoje também é dado no Rio de Janeiro.

Apenas como exemplo, do total de 300 inscrições do projeto em Macaé (RJ), onde a iniciativa começou em 2021, foram 162 mulheres inscritas. Destas, 39 foram selecionadas para fazer o treinamento.

Como é o curso

O Viver de Bike consiste em uma uma formação para quem quer usar a bicicleta para gerar renda, seja para estruturar um negócio ou trabalhar com o modal.

O curso tem duração de 30 horas, é dirigido a pessoas de todos os gênero, maiores de 18 anos.

Ele tem quatro conteúdos principais: mecânica básica de bicicleta, pedalar na cidade, empreendedorismo e gestão financeira.

Quem conclui a capacitação ganha uma bicicleta, a mesma usada pelos alunos nos treinamentos, e um certificado, o Caderno Viver de Bike, um guia informativo.

Parcerias

Além da capital paulista, o curso também passou, desde 2021, a ser feito também no Rio de Janeiro, por meio do Pedala Macaé, projeto desenvolvido pelo Instituto Aromeiazero com o apoio da Ocyan, com foco na segurança do ciclista e o uso desse modal de transporte.

Em São Paulo, uma parceria importante possibilitou uma edição inédita do treinamento em 2022, batizado de projeto Pedaling for a Reason, dentro do Avança na Mecânica (e que faz parte do Viver de Bike), feito em parceria com o ciclista profissional Henrique Avancini, a Semexe e a Black Tiger Studio.

De acordo com o Aromeiazero, foi montado um programa em mecânica abordando bikes elétricas, além de gestão financeira, empreendedorismo e o poder transformador do modal.

“A gente viu ao longo do curso as ideias e projetos ganharem mais formas e torcemos para que cada um possa incorporar mais e mais a bike no cotidiano”, comenta Kéroly Gritti, coordenadora do Avança na Mecânica, que participou da ação.

Do curso para a vida

Muitas mulheres que fazem o treinamento acabam montando negócios,atuando profissionalmente no setor, ou mesmo replicanco o que a aprenderam para outras pessoas.

Esse é o caso de Aline Os, fundadora do Señoritas Courier, que cursou o Viver de Bike e hoje se dedica a um coletivo de entregas voltado para pessoas LGBTQIAP+, ensinando mecânica.

“Fiz o curso em 2017, aos 41 anos, e meu objetivo era desenvolver melhor um projeto que eu tinha envolvendo bicicletas. o Viver de Bike me abriu portas, fui conhecendo as pessoas e pensando em modelo de negócios”, conta Aline.”, conta Aline.

A partir desse conhecimento inicial, ela passou a ter outras ideias de como empreender nesse meio e lançou, em 2014, o Selim Cultural– que consiste em roteiros turísticos para conhecer a cidade de São Paulo por meio da bicicleta -, e o coletivo Senoritas Courier.

“O Instiuto Aromeiazero me possibilitou descobrir outras formas de empreender, sempre envolvendo a bicicleta e a inclusão social “, diz Aline.

Aline Os, fundadora do Señoritas Courier, cursou o Viver de Bike em 2017. Foto: Acervo Pessoal

Outro exemplo é Viola Sellerino, que fez o curso em 2018 e, logo depois, começou a atuar como assistente (do Viver de Bike em São Paulo) e depois se tornou professora, função que ocupa até hoje.

“A participação e o interesse das mulheres é grande, motivadas, principalmente, pela vontade de aprender e de ter autonomia financeira. O Instituto Aromeiazero atua fornecendo as ferramentas e dando apoio para que elas possam se desenvolver nesse mercado”, conta Viola.

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