Recarga: viajar de carro elétrico é possível; basta planejamento
Alguns cuidados simples garantem uma experiência agradável e sem sustos
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19/02/2025
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Para muitas pessoas, fazer uma viagem de carro elétrico é uma aventura com riscos. Afinal, a oferta de infraestrutura de recarga ainda é limitada. Além disso, a autonomia do veículo cai na medida em que as desacelerações e as frenagens aparecem menos.
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Então você pode ficar parado no acostamento no meio da viagem? Calma, porque não é bem assim. Um planejamento bem elaborado é a chave para acabar com essa preocupação.
O diretor de infraestrutura da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), Tadeu Rezende, frequentemente está na estrada e dá dicas preciosas para uma jornada agradável e sem sustos.
“Viajar com o carro elétrico é extremamente prazeroso, pois ele é silencioso, tem alto torque disponível a qualquer momento e oferece muito espaço interno”, afirma.
Rezende diz que a viagem começa no conforto de casa. Recarregar totalmente a bateria antes de encarar a estrada garante maior autonomia antes da primeira parada ou até chegar ao destino.
Dicas do diretor da ABVE para recarga do carro elétrico na viagem
Viagem por etapas
Como a maioria dos carros elétricos têm autonomia entre 270 e 300 quilômetros, planeje paradas a cada 200 quilômetros. Essa distância dá margem para resolver imprevistos, como estações de recarga com filas.
“Não é diferente de qualquer orientação de viagem, em que o motorista precisa parar para esticar as pernas, ir ao banheiro e tomar um café. Com o carro elétrico, aproveita-se o tempo para fazer a recarga e, se o eletroposto estiver cheio, haverá autonomia para a próxima parada”, diz.
Mapa de recargas
Aplicativos que mapeiam os postos são fundamentais para o plano de parada a cada 200 quilômetros.
Rezende recomenda o Plug Share, plataforma que localiza as estações, informa o tipo de conector e de recarga (lenta ou rápida), a quantidade de vagas oferecidas e se está em funcionamento: “O app é colaborativo entre os usuários, garantindo atualizações contínuas, além de ser internacional”.
Tempo de recarga
O especialista lembra que o tempo de recarga de 95% da bateria é de 30 a 40 minutos. Os outros 5% demoram um pouco mais, devido ao próprio sistema de gerenciamento do componente para evitar superaquecimento.
“Os 95% de carga já são suficientes para rodar mais 200 quilômetros e abrem vaga para outros usuários”, explica.
Respeite as leis
Rodar no limite de velocidade das estradas é a melhor condição para não comprometer a autonomia da bateria. “Quanto maior a velocidade, mais arrasto aerodinâmico. Vale também seguir no modo econômico do carro”, ensina Rezende.
Prevenir nunca é demais
Coloque um carregador portátil na bagagem. Assim, com o equipamento, será possível fazer a recarga no hotel, por exemplo. Rezende recomenda um modelo que se ajuste com a corrente.
“Se houver certeza de que a tomada de 220 V está aterrada, sem problemas carregar a 16 amperes. Caso contrário, deve-se limitar a 8 amperes.”
Inspeção básica
Seja como for, antes da viagem, cheque os sistemas de freios e suspensão, assim como a parte elétrica do automóvel. Da mesma forma, não se esqueça de calibrar os pneus. Mas lembre-se: uma pressão fora da especificada pelo fabricante se torna um inimigo poderoso da autonomia.
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