Trem turístico passa a operar em cidades do Rio de Janeiro e Minas Gerais; veja trajeto
Atração será administrada pela ONG Amigos do Trem em parceria com empresa responsável pela Ferrovia Centro-Atlântica, a maior do país
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04/01/2025
Dez anos após o surgimento da ideia, o primeiro trecho do Trem Rio-Minas vai sair do papel. O trajeto pretende ligar Minas Gerais ao Rio de Janeiro através de malha ferroviária e se tornar o maior trem turístico do país, com 167 quilômetros de extensão. A princípio, serão 37 km de trajeto.
Veja o trajeto do trem Rio-Minas
O trem vai ligar as cidades de Três Rios (RJ) e Sapucaia (RJ), passando por Chiador (MG). Eventualmente, há possibilidade da expansão desse trajeto no futuro, englobando outros municípios dos Estados.
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Segundo a OSCIP Amigos do Trem, Paulo Henrique do Nascimento, fundador da organização e idealizador do Trem Rio-Minas, originalmente visualizou um itinerário de 168km. De início, estava previsto a passagem por Cataguases, Leopoldina, Recreio, Volta Grande, Além Paraíba, Sapucaia, Chiador e Três Rios.
Parceria público privada
Em 11 de dezembro, a empresa VLI e a Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip) Movimento Nacional Amigos Do Trem assinaram um Contrato Operacional Específico (COE). A cerimônia de assinatura aconteceu na sede do Ministério dos Transportes, em Brasília.
Ao passo que o contrato estabelece a parceria público privada, o documento segue para a Agência Nacional do Transporte Terrestre (ANTT), responsável pela análise e autorização da operação.
Enquanto isso, as quatro locomotivas cedidas pela VLI devem ser transportadas para Três Rios, onde as operações devem iniciar. O prazo para o envio das locomotivas é de 120 dias após a assinatura do contrato.
Além das locomotivas, a VLI, empresa responsável pela Ferrovia Centro-Atlântica, também cedeu uma oficina ferroviária em Recreio (RJ), pátios e linhas de manobra. Bem como realizou a recuperação da via permanente do trecho, com a substituição de 5.000 dormentes. De acordo com a VLI, o investimento foi de R$ 40 milhões só na manutenção do trecho.
Já a gestão das operações ficará sob responsabilidade da ONG Amigos do Trem.
Segundo o CEO da VLI, Fábio Marchiori, existe a possibilidade da empresa participar de novas operações similares caso a Ferrovia Centro-Atlântica consiga a renovação da concessão. “A devolução de trechos não operacionais prevista na proposta de renovação antecipada da Ferrovia Centro-Atlântica poderá originar novas possibilidades de operação similares, uma vez que a concessão é vocacionada para o transporte de carga geral”, afirma o CEO.
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