A venda de motos cresceu 29,97% no 1º trimestre de 2023 em comparação ao mesmo período do ano passado. Entre janeiro e março, 357.062 motocicletas foram emplacadas no Brasil, segundo dados da Fenabrave, federação que reúne os distribuidores de veículos do País.
Só em março de 2023, os emplacamentos de novas motos somaram 145.945 unidades. Um aumento de 45,11% em relação a fevereiro deste ano. Já em comparação a março de 2022, o crescimento foi de 32,60%.
Apesar do cenário desafiador, com juros em alta e aumento da inadimplência, o que restringe a oferta de crédito para o consumidor, o presidente da Fenabrave, Andreta Jr., o mercado brasileiro de motos continua aquecido. “Entendo que, hoje, o estoque está em ponto de equilíbrio, suprindo a boa demanda de mercado, e os compradores têm buscado alternativas de crédito, como o consórcio, nas transações”, analisa o executivo. De acordo com a Fenabrave, atualmente, a aprovação de crédito do segmento se mantém em 30% das propostas.
Devido às incertezas quanto ao comportamento da economia global e brasileira, a Fenabrave manteve as projeções anunciadas no início do ano. De acordo com a entidade, o setor de veículos como um todo deve crescer 3,3% em 2023. Já para as motos a projeção é de crescimento de 9% em relação a 2022. “Ainda não temos condições de rever as projeções para o ano, mas estamos preocupados com a situação geral do mercado”, reconhece o presidente da Fenabrave.
O ranking das 10 motos mais vendidas nos três primeiros meses deste ano traz algumas novidades, como a Yamaha Factor YBR 150 na quinta colocação, com 10.764 unidades emplacadas. O modelo street da Yamaha tomou a posição da Honda CB 250F, que deu lugar a CB 300F, a nova Twister, no final do ano passado. O novo modelo, contudo, já está engrenando nas vendas: com 6.437 unidades vendidas até março.
Outra curiosidade da lista é a Mottu Sport 110i. O modelo da indiana TVS é produzido pela locadora de motos para entregadores Mottu, porém não é vendido em lojas. As 10.746 unidades emplacadas no 1º trimestre de 2023 destinam-se, exclusivamente, à locação. Confira o ranking.
Posição | Modelo | Unidades emplacadas até março 2023 |
1ª | Honda CG 160 | 97.246 |
2ª | Honda Biz | 46.692 |
3ª | Honda NXR 160 Bros | 33.680 |
4ª | Honda Pop 110i | 29.646 |
5ª | Yamaha Factor 150 | 10.764 |
6ª | Mottu Sport 110i | 10.746 |
7ª | Yamaha XTZ 250 Lander | 10.385 |
8ª | Yamaha FZ 25 | 9.904 |
9ª | Honda PCX 160 | 7.620 |
10ª | Honda XRE 190 | 7.395 |
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A reportagem não indica quais os motivos desse crescimento e qual a relação disso com a necessidade de mobilidade urbana...
Olá, Roberto, tudo bem?
Primeiramente, obrigado pela audiência e também pelo seu comentário pertinente.
Realmente, nessa notícia não indicamos os motivos do crescimento da venda de motos, pois se tratava de uma nota curta, apenas para registrar as vendas em alta. Porém, se navegar pelo canal MotoMotor verá muitas outras reportagens mais "parrudas" que mostram as razões para as motos estarem ganhando cada vez mais espaço na mobilidade urbana. Uma delas foi essa: https://mobilidade.estadao.com.br/mobilidade-para-que/scooters-levam-motoristas-a-deixar-o-carro-na-garagem/
Também escrevi essa matéria (https://mobilidade.estadao.com.br/mobilidade-para-que/motos-crescem-como-opcao-de-mobilidade/) na qual ouvi especialistas e motociclistas que falaram sobre o crescimento na venda de motos nos últimos anos. Em resumo: combustível caro, trânsito cada vez pior e carros cada vez mais caros.
Abraços e, mais uma vez, agradecemos a sua observação!
Arthur Caldeira