VLT Carioca atualiza frota de trens com investimentos de R$ 34 milhões
Trabalho teve início com a substituição de 192 supercapacitores, que alimentam os trens em casos de falhas no sistema e entre pontos de carga

A concessionária VLT Carioca (Motiva) iniciou a renovação dos sistemas de sua frota, com um investimento inicial de cerca de R$ 34 milhões. A iniciativa, segundo a empresa, visa aumentar a eficiência da operação, iniciada em 2016, e reforçar a segurança dos 100 mil passageiros que usam diariamente o serviço – número que vêm crescendo, com salto de 33,8% em 2024.
A primeira etapa prevê a substituição de 50% dos supercapacitores dos veículos, tecnologia que permite os trens armazenarem energia com carregamento rápido e eficiente. Assim, além da Alimentação pelo Solo (APS), os veículos têm uma fonte de energia embarcada para situações de emergência. Ao todo, haverá substituição de 192 equipamentos. Segundo o VLT Carioca, não haverá impacto na circulação dos trens.
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“Essa atualização é estratégica para garantir que nossos trens continuem performando com alto índice de confiabilidade. A medida favorece a garantia da previsibilidade das viagens e a segurança dos nossos passageiros. Esse investimento reflete nosso compromisso com um transporte cada dia mais eficiente para a população”, afirma a diretora do VLT Carioca, Silvia Bressan.
O VLT do Rio de Janeiro usa trens da fabricante francesa Alstom, do modelo Citadis 402, com 44 metros de comprimento e seis vagões cada, com capacidade de transportar 202 passageiros simultâneamente. É o mesmo usado em cidades como Bordeaux, Paris, Nice, Grenoble, Tours, Algiers, Sétif, Constantine, Mostaganem, Ouargla, Sidi Bel Abbès, Brasilia e, além disso, Dubai. O veículo conta com 6 motores de 120 kW, alimentados por alta tensão (750V).
Função dos supercapacitores do VLT Carioca
Quando acionados, os supercapacitores viabilizam o deslocamento do trem com a utilização da energia embarcada, alimentando os motores de forma autônoma. Além disso, em situações de instabilidade elétrica, eles entram em modo de economia de energia. Assim, o VLT pode funcionar sem problemas até o reestabelecimento da energia ou até que possa parar com segurança na plataforma.
O carregamento dos supercapacitores ocorre de forma rápida, por contato com o sistema de alimentação pelo solo ou por meio da frenagem regenerativa – quando o trem desacelera e transforma o movimento em energia elétrica, que pode ser reutilizada pelos veículos, contribuindo, portanto, para uma operação mais sustentável.
Sobre o modal
O Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), modal mais moderno do Rio de janeiro, interliga a Região Portuária ao centro da cidade e ao aeroporto Santos Dumont. São quatro linhas: a Linha 1 (Terminal Gentileza a Santos Dumont), Linha 2 (Praia Formosa a Praça XV), Linha 3 (Central a Santos Dumont) e, além disso, Linha 4 (Terminal Gentileza a Praça XV). O transporte se conecta aos ônibus convencionais, metrô, trens, barcas, terminal de cruzeiros, além do aeroporto Santos Dumont e da Rodoviária do Rio. A inauguração do Terminal Intermodal Gentileza, em 2024, foi grande responsável pelo salto na demanda observado em 2024, segundo a Motiva.
Há 29 paradas e estações em operação e 32 trens em sua atual frota. Além da inovação pela sua forma de abastecimento (com energia elétrica, por meio de alimentação pelo solo – APS), o modal é o único no País a contar com o pagamento baseado na ação espontânea do cliente, dispensando catracas. Em 9 anos de operação, o modal já transportou mais de 155 milhões de passageiros.
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