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Da aldeia para as ruas de Manaus

Por: Apresentado por 99 e Blue Studio . 12/07/2022

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Da aldeia para as ruas de Manaus

Há três anos, a cacique Maria Teresa Moraes Santiago é parceira da 99 e se destaca na Região Amazônica

4 minutos, 19 segundos de leitura

12/07/2022

Motorista parceira da 99, Maria Teresa Moraes Santiago (de preto, à esquerda) concilia o volante e as reuniões com lideranças indígenas da região Amazônica, além de apoiar as famílias de sua aldeia. Foto: arquivo pessoal

Casada e avó, Maria Teresa Moraes Santiago, de 40 anos, dirige cerca de 30 quilômetros até chegar a Manaus (AM), onde trabalha todos os dias, há três anos, em uma rotina que começa cedinho, às 7h da manhã, como motorista parceira da 99, empresa de tecnologia ligada à mobilidade e à conveniência.

Embora as mulheres já façam parte dessa força de trabalho, correspondendo a 5% do total de motoristas cadastrados na plataforma, muita gente ainda se espanta de encontrar Maria Teresa ao volante. Ela também é cacique da Aldeia Sete Flechas, na Região Amazônica, onde vivem os povos mundurucus, e concilia a vida profissional com as responsabilidades e incumbências de ser uma liderança indígena.

“Tenho muito orgulho de trabalhar com a indumentária do meu povo, como os acessórios e as pinturas”, conta. “É uma forma de manter vivas nossas tradições e heranças.” A aparência de Maria Teresa também já causou cancelamentos de corridas, porque, de acordo com ela, ainda há muito preconceito — mesmo que grande parte da população local seja descendente dos habitantes originários. “Mas, por outro lado, existem clientes que ficam curiosos, aprovam meu trabalho, querem tirar fotos comigo”, explica. “É a forma de reforçar a minha identidade e de mostrar que estamos presentes na sociedade.”

Motorista parceira da 99, Maria Teresa Moraes Santiago concilia o volante e as reuniões com lideranças indígenas da região Amazônica, além de apoiar as famílias de sua aldeia. Foto: arquivo pessoal

Ela marca presença por onde passa — Maria Teresa é um dos destaques da plataforma e também na cidade, onde participa ativamente de reuniões com outras lideranças na defesa das terras e dos direitos de seu povo. Ela é o esteio de sua comunidade, pois representa e auxilia 70 famílias (cerca de 400 pessoas) que lá vivem, entre várias atividades junto às outras aldeias, entidades e órgãos federais. “Me cadastrei na 99 por insistência da minha comadre, que me incentivou bastante. No começo, não era meu plano, estava relutante”, conta.

Até então, como parte de suas atribuições, ela plantava, colhia e gerenciava a cooperativa de alimentos e produtos característicos da região, entre eles o artesanato, além de apoiar as famílias sob seus cuidados e representá-las em diferentes questões. Essa habilidade é natural, parte da herança de seus pais, também lideranças tapajós.
“Adoro meu trabalho e é por meio dele que ainda ajudo quem depende de mim, com alimentos, medicamentos e até nos deslocamentos que precisam realizar aos hospitais e para outras emergências”, explica Maria Teresa, que atualmente roda com um veículo alugado. “Essa experiência como motorista parceira me dá a oportunidade também de conversar com muita gente sobre meu povo e o que produzimos, trazendo mais visibilidade às nossas questões, e reconhecimento das pessoas por conta de várias reportagens de TV.”

Recursos tecnológicos protegem a rotina — Infelizmente, como acontece com muitas mulheres, Maria Teresa teve que lidar com contratempos, sofrendo assédio de passageiros durante a jornada de trabalho. “Muita gente ainda pensa que os povos indígenas são ingênuos, desconhecem o que se passa no mundo. Nós aprendemos que temos sempre de passar o nosso conhecimento para a frente e usá-lo sempre a nosso favor”, explica.

Esses episódios fizeram com que Maria Teresa optasse por utilizar o recurso disponível no aplicativo: o 99Mulher, para transportar apenas passageiras. “Para mim foi bom e, desde então, me sinto mais segura, minhas corridas acontecem de forma muito tranquila e sem aborrecimentos”, revela.

Ela já teve a oportunidade de apresentar suas experiências em palestras na Casa99. “Não só porque amo o meu trabalho e porque desperta curiosidade. Mas porque, por meio dele, posso falar das diferenças e da discriminação que ainda acontece na nossa sociedade e sobre o meu povo. É uma oportunidade de conscientização, de expor as nossas necessidades e contar a nossa história com orgulho”, esclarece.

Casas99: muito mais que um local de descanso — Espalhadas em diversas cidades do País, as Casas99 oferecem cursos e workshops que ajudam os motoristas parceiros no dia a dia atrás do volante, trazendo novas experiências. Entre as atividades oferecidas, estão oficinas e cursos sobre direção defensiva, educação financeira e cuidados com a saúde.

Além de uma parada de descanso, esses espaços servem para tirar dúvidas sobre o aplicativo, possuem wi-fi grátis, música ambiente, banheiros, espaço para carregar os celulares e outros benefícios. Para conhecer os endereços, clique em Casa 99 – Atendimento Presencial.

Para facilitar ainda mais o acesso dos motoristas parceiros às informações, é possível agendar os atendimentos de forma virtual, por chamada de vídeo no link disponível no final dessa mesma página, ou pelo telefone 0300 3132 421.

Motorista parceira da 99, Maria Teresa Moraes Santiago concilia o volante e as reuniões com lideranças indígenas da região Amazônica, além de apoiar as famílias de sua aldeia. Foto: arquivo pessoal

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