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Dengue: sintomas, tratamento e prevenção

Por: Estadão Conteúdo . 29/08/2022

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Dengue: sintomas, tratamento e prevenção

Entre janeiro e junho de 2022, foram registrados 1.172.882 casos da doença no Brasil, o dobro de notificações ao longo de 2021; segundo especialistas, é uma das piores epidemias enfrentadas no País

4 minutos, 23 segundos de leitura

29/08/2022

Por: Estadão Conteúdo

A dengue, doença transmitida na picada do mosquito aedes aegypt, pode ser assintomática ou evoluir até quadros mais graves, como hemorragia e choque. Foto ilustrativa: FÁBIO MOTTA/ESTADÃO CONTEÚDO

Com reportagem de Renata Okumura, O Estado de S. Paulo

A dengue, doença transmitida na picada do mosquito aedes aegypt,  pode ser assintomática ou evoluir até quadros mais graves, como hemorragia e choque. Na dengue clássica, a primeira manifestação é febre alta (39° a 40°C) e de início abrupto, usualmente seguida de dor de cabeça ou nos olhos, cansaço ou dores musculares e ósseas, falta de apetite, náuseas, tontura, vômitos e erupções na pele (semelhantes à rubéola). A doença tem duração de cinco a sete dias (máximo de 10), mas o período de convalescença pode ser acompanhado de grande debilidade física, e prolongar-se por várias semanas.


PRINCIPAIS SINTOMAS

DENGUE CLÁSSICA

  • febre alta acima de 39°
  • dor no corpo e articulações
  • dor atrás dos olhos
  • mal-estar
  • falta de apetite
  • dor de cabeça
  • manchas vermelhas no corpo
  • aumento progressivo do hematócrito (medida da proporção de hemácias no sangue)

DENGUE GRAVE

  • no que se refere à forma mais grave da enfermidade, conhecida como febre hemorrágica da dengue, os sintomas iniciais são semelhantes, porém há um agravamento do quadro no terceiro ou quarto dia de evolução, com aparecimento de manifestações hemorrágicas e colapso circulatório


SINAIS DE ALERTA

  • Dor abdominal intensa e contínua
  • Vômitos persistentes
  • Acúmulo de líquidos (ascite, derrame pleural, derrame pericárdico)
  • Hipotensão postural e/ou lipotímia (perda de sentidos)
  • Letargia e/ou irritabilidade
  • Sangramento de mucosas

“Nos casos graves, o choque geralmente ocorre entre o terceiro e o sétimo dia de doença, geralmente precedido por dor abdominal. O choque é decorrente do aumento de permeabilidade vascular, seguida de hemoconcentração e falência circulatória. Alguns pacientes podem ainda apresentar manifestações neurológicas, como convulsões e irritabilidade”, alerta a Fiocruz.

Quando uma pessoa é infectada por um dos quatro sorotipos, torna-se imune a todos os tipos de vírus durante alguns meses e posteriormente mantém-se imune, pelo resto da vida, ao tipo pelo qual foi infectada.

No entanto, caso volte a ter dengue, um dos outros três tipos do vírus que ainda não contraiu, poderá apresentar ou não uma forma mais grave. A maioria dos casos de dengue hemorrágica ocorre em pessoas anteriormente infectadas por um dos quatro tipos de vírus.

Grávidas, crianças e idosos têm mais riscos de desenvolver complicações pela doença. Os riscos aumentam quando o indivíduo tem alguma doença crônica, como asma brônquica, diabetes mellitus, anemia falciforme, hipertensão, além de infecções prévias por outros sorotipos da dengue, de acordo com o Ministério da Saúde.

A dengue é a arbovirose urbana mais prevalente nas Américas, principalmente no Brasil.

Tratamento — Até o momento, não há remédio eficaz contra o vírus da dengue. O tratamento é realizado a base de analgésicos e antitérmicos e pode ser feito no domicílio, com orientação para retorno ao serviço de saúde. Deve ser mantido o repouso. Já o tratamento da dengue hemorrágica é realizado a partir de internação hospitalar do paciente.

Ainda não está disponível para aplicação em larga escala uma vacina tetravalente, ou seja, que imuniza a população contra os quatro tipos de vírus dengue.

Na rede particular, só está disponível a vacina Dengvaxia, fabricada pelo laboratório francês Sanofi Pasteur. Apesar de proteger contra os quatro sorotipos da dengue e prevenir contra casos grave da doença, a Dengvaxia não é indicada para pessoas que nunca entraram em contato com o vírus da dengue.

“Os ensaios clínicos demonstraram que pessoas que nunca tinha sido expostas ao vírus da dengue, após serem vacinadas, tinham chance maior de complicações e hospitalizações para formas de dengue clássica, por esse motivo, a recomendação é apenas para quem já teve contato ou exposição ao vírus da dengue na faixa etária entre 9 e 45 anos”, afirma Karolina Barreto Marinho, integrante do Departamento Científico de Imunização da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (Asbai).

Além disso, como é uma vacina atenuada, composta pelos quatro sorotipos vivos do vírus da dengue, também é contraindicada para gestantes, mulheres amamentando, pessoas com alergias graves aos componentes da imunização e pessoas imunocomprometidas.


PREVENÇÃO

  • Encha os pratos dos vasos de plantas com areia até a borda
  • Troque a água e lave o vaso das plantas aquáticas com escova, água e sabão pelo menos uma vez por semana
  • Troque a água dos animais de estimação e lave as vasilhas constantemente
  • Coloque o lixo em sacos plásticos e mantenha a lixeira sempre fechada
  • Caixas d’água também devem permanecer fechadas e todos os objetos que acumulam água, como embalagens usadas, devem ser jogados no lixo; limpeza também deve ser feita constantemente
  • Folhas e tudo o que possa impedir a água de correr pelas calhas também precisam ser removidos
  • Garrafas e recipientes que acumulam água devem ser sempre virados para baixo
  • Mantenha materiais para reciclagem em saco fechado e em local coberto

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