Empreendedor social lidera escola de idiomas 100% online; 4Way já formou 1.500 jovens | Mobilidade Estadão | Na perifa

Buscando sugestões para:


Empreendedor social lidera escola de idiomas 100% online; 4Way já formou 1.500 jovens

Por: Nataly Simões . 18/03/2022

Publicidade

Conteúdo patrocinado por
Na Perifa

Empreendedor social lidera escola de idiomas 100% online; 4Way já formou 1.500 jovens

Iniciativa usa plataforma canadense de tecnologia para dar aulas a preços acessíveis; mais de 1.500 alunos já se formaram

3 minutos, 11 segundos de leitura

18/03/2022

Por: Nataly Simões

O empreendedor social Diogo Bezerra, de 28 anos, da zona leste de São Paulo, é um dos fundadores do projeto de ensino de idiomas [inglês e espanhol] 4Way. Foto: divulgação

Quantos jovens da periferia e que falam inglês você conhece? Esta é a pergunta que o empreendedor social Diogo Bezerra, de 28 anos, da zona leste de São Paulo, faz ao apresentar o projeto de ensino de idiomas [inglês e espanhol] que lidera. Criada há sete anos, quando Bezerra “tinha40 reais no bolso”, a escola 4Way usa uma tecnologia canadense para oferecer aulas a preços acessíveis.

4Way usa uma plataforma de tecnologia canadense para ensinar inglês e espanhol a jovens de baixa renda. Foto: divulgação

Diferentemente das escolas de idiomas tradicionais, em que os curso duram em média cinco anos, o projeto usa uma metodologia de ensino situacional e de imersão. As aulas são online (ao vivo) e há conversas com professores nativos de diversos países. O curso tem duração de dois anos e já formou 1.500 alunos. Hoje, a cada três estudantes pagantes, há uma vaga 100% gratuita para pessoas de baixa renda.

Até surgir pandemia de covid-19, os cursos eram apenas presenciais. Em 2020, a escola viu o número de alunos ativos despencar. O faturamento de R$ 200 mil registrado em 2019 caiu para R$ 130 mil.

“O ano de 2019 havia sido o melhor da escola e em 2020 a pandemia mudou nossos planos”, conta Diogo. “Tínhamos 100 alunos ativos e esse número caiu para 30. Nós estávamos quase morrendo, aí participamos de uma aceleração de negócios com organizações como a Fundação Getulio Vargas. Com R$ 15 mil pudemos montar nosso caixa e conseguir acessar uma plataforma online e investir em estratégias digitais.”

O sonho de estudar inglês

A ideia de criar uma escola de idiomas com o propósito de oferecer aulas de forma inovadora e que pessoas de baixa renda pudessem acessar nasceu do próprio sonho que Diogo e seu ex-sócio Diego Ramos tinham de aprender inglês.

Aos 19 anos, Diogo teve a oportunidade de ir a Portugal fazer trabalhos voluntários e, por causa da comunicação com outros estrangeiros, passou a ter mais familiaridade com a língua inglesa. Quando voltou ao Brasil percebeu que a fluência no idioma abria portas no mercado de trabalho.

“Em 15 dias eu consegui um emprego que pagava três vezes mais do que eu ganhava antes de falar inglês”, diz. “Depois entrei na universidade, construí uma casa para minha mãe e fiz um intercâmbio de um mês na Inglaterra. Como o inglês mudou minha realidade, eu quis levar isso para outras pessoas.”

Falar inglês mudou minha realidade eu quis levar isso para outras pessoas (Diogo Bezerra, empreendedor social)

Diogo e Diego organizaram uma vaquinha para viabilizar a criação da escola e arrecadaram R$ 6 mil. As aulas de imersão no inglês eram feitas em encontros com os alunos em shoppings até ficar inviável por causa do isolamento social.

Tecnologia e investidores

Após a queda no número de alunos na pandemia, a 4Way partiu para o projeto online. Ajudou muito nesse processo a participação da dupla no reality show Shark Tank Brasil, que oferece a  oportunidades de propor negócios a um grupo de grandes investidores — no programa, quatro de seis se interessaram pela escola. O montante investido foi de R$ 200 mil.

Hoje, totalmente online, a 4Way tem 276 alunos ativos espalhados pelo Brasil e no exterior. O curso custa em média R$ 180 por mês e além das aulas a escola oferece intercâmbios. O faturamento em 2021 quase dobrou na comparação com 2019, chegando a R$ 390 mil. “Nós temos uma aluna no Vale do Silício fazendo um intercâmbio que ela conseguiu por causa do nosso projeto. Eu me sinto realizado por ter a capacidade de ajudar quem veio de onde eu vim”, comemora Diogo.

De 1 a 5, quanto esse artigo foi útil para você?

Quer uma navegação personalizada?

Cadastre-se aqui

0 Comentários


Faça o login