Festival de Cinema da Amazônia e ‘A Cabeça do Santo’: #naperifaindica
Nesta seção, a comunidade do Expresso na Perifa conta o que tem visto, lido e escutado por aí, fazendo sugestões de rolês
As indicações desta semana são do coletivo Periferia em Foco e do editor Lucas Veloso
A CABEÇA DO SANTO, DE SOCORRO ACIOLI
Na ficção A Cabeça do Santo, a escritora Socorro Acioli apresenta a história do jovem Samuel, que, para atender ao pedido feito por sua mãe no leito de morte, caminha desde Juazeiro do Norte pelo sertão do Ceará em busca de seu pai. O destino é uma pequena cidade chamada Candeia — que tem um jeito de povoado mágico, como os erguidos em obras do escritor colombiano Gabriel García Márquez. Nos arredores do vilarejo, Samuel só encontra abrigo em uma escultura arruinada, exatamente na tal cabeça do santo. Lá dentro ele descobre que consegue ouvir as preces das mulheres de Candeia enviadas Santo Antonio. O universo fantástico da narrativa envolve o leitor.
FESTIVAL INTERNACIONAL DE CINEMA INDÍGENA DA AMAZÔNIA
Até 31 de outubro, o Festival Internacional de Cinema Indígena da Amazônia fomenta produção, formação e difusão de filmes realizados por indígenas. O evento — que ocorre em Belém (PA) de forma presencial e online para qualquer lugar do planeta — oferece espaço inédito de pesquisa, diálogo, conexão e desenvolvimento entre os povos indígenas e o mundo. É grátis.
DEIZE TIGRONA
Deize Tigrona, uma das mulheres mais importantes da cena do funk brasileiro, colocou nas pistas o disco autoral Foi Eu que Fiz, após passar mais de dez anos sem lançar um álbum de estúdio. Uma das coisas mais legais no trabalho é a mistura de funk, além da inclusão de outros ritmos, como trap, pop, rock e a música eletrônica. Nas letras é possível ouvir Deize relatando a vivência feminina, a sexualidade e escolhas. O álbum já está disponível em todas as plataformas digitais.
SHAYRA BROTERO E BERÉ MAGALHÃES, NAS REDES SOCIAIS
De Belém do Pará, a indicação da semana é o perfil da DJ e performer Shayra Brotero, que se apresenta como “bixa preta” e compartilha trabalhos e reflexões importantes da comunidade LGBTQI+.
Também no campo das artes, vale acompanhar o artista visual Beré Magalhães e seu olhar para a cultura e as religiões de matriz africana, como os orixás.
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