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‘Gripezinha’ acertou em cheio a classe C, diz economista

Por: Luiz Carvalho . 10/08/2022

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‘Gripezinha’ acertou em cheio a classe C, diz economista

Para entender as transformações pelas quais a Classe C passou nos últimos anos é preciso relembrar o cenário anterior ao da covid-19, afirma Cleberson da Silva Pereira, pesquisador do Centro de Estudos Periféricos

1 minuto, 58 segundos de leitura

10/08/2022

Por: Luiz Carvalho

RENAN RODRIGUES/A7 PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

“A sociedade estava em um cenário ruim, de baixas perspectivas econômicas, implantação do teto de gastos, diminuição das políticas públicas, desemprego, reforma trabalhista e aumento da informalidade. Quando começa a pandemia e não havia um plano que indicasse um rumo, a tal da ‘gripezinha’ acertou em cheio a Classe C”, analisa o economista Cleberson da Silva Pereira, pesquisador do Centro de Estudos Periféricos.

Com o fechamento do comércio e o distanciamento social, muitos perderam os empregos, especialmente os informais. Resultado: endividamento de pequenos comerciantes, i trabalhadores jogados na informalidade e status de sobrevivência no empreendedorismo. Para cidades como São Paulo, por exemplo, que passa por um processo de desindustrialização desde a década de 1990 e tem no setor de serviços uma das suas principais fontes de renda, esse cenário é acentuado, avalia Pereira.

As transformações dos últimos anos — Entre 2012 e 2014, a renda média do brasileiro saltou de R$ 1.417 para R$ 1.505, um crescimento de cresceu 6,2%. Em 2015, porém, ela começou a cair e chegou a R$ 1.458. Em 2021, a diminuição do auxílio emergencial no meio da pandemia e a inflação causaram a maior retração desde o início da série histórica: 6,9%. A renda foi a R$ 1.353, menor valor em uma década. Esses dados são do IBGE e refletem o dia a dia: na dificuldade de pagar as contas, os trabalhadores precisam buscar outras fontes de renda, vender bens e cortar investimentos importantes, como a educação dos filhos.

Quem está na classe C — A classe média pode ser definida como aquela que depende majoritariamente da renda do trabalho e está mais próxima da base do que topo da pirâmide econômica.

Segundo a Tendência Consultoria, neste grupo estão as famílias com renda mensal entre R$ 2,9 mil e R$ 7,1 mil. Para o Centro de Políticas Sociais da Fundação Getúlio Vargas (CPS/FGV) compõe a classe C as rendas domiciliares entre R$ 2.284 e R$ 9.847. Já o Instituto Locomotiva divide esse grupo em outros três subgrupos (C1, C2 e C3) com faixa de renda individual que oscila entre R$ 579,70 e R$ 1.819,82.

 

Barracas de camelôs no centro de Porto Alegre (RS). Crise põe trabalhadores formais na informalidade. Foto: EVANDRO LEAL/ESTADÃO CONTEÚDO

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