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Brasília de volta ao calendário

Por: Alan Magalhães . 02/02/2022

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Brasília de volta ao calendário

Stock Car Pro Series apoia o retorno de um dos mais tradicionais circuitos do Brasil

4 minutos, 17 segundos de leitura

02/02/2022

Por: Alan Magalhães

Carreata promovia a Stock Car pelas ruas da capital do País. Foto: Duda Bairros

Sabe aquele familiar que você visitava todos os anos, durante décadas, era bem recebido, mas acabou perdendo o contato? Pois então, é hora de refazer as malas, pois um importante reencontro está prestes a acontecer.

Na inauguração de Brasília, em 1960, uma corrida de automóveis fez parte das festividades. Disputada no Eixão Sul, o Grande Prêmio Juscelino Kubistchek teve como vencedor da corrida final – foram três, ao todo – o paulista Jean-Louis Lacerda Soares, que pilotava uma Ferrari Testarossa. Dois anos depois, outra prova de rua seria disputada no Eixo Piloto, os 1.000 Km de Brasília. Com a proibição de corridas desse tipo, a cidade pedia por um autódromo.

E foi, em 1974, que uma prova extraoficial de Fórmula 1 inauguraria o traçado de 5,475 quilômetros, encomendado ao Departamento de Estradas de Rodagem do Distrito Federal, que delegou a tarefa ao engenheiro rodoviário Samuel Dias. A prova foi vencida pelo brasileiro Emerson Fittipaldi, pilotando um McLaren. Não apenas Brasília, mas o Brasil, ganhava um dos mais modernos e interessantes autódromos, em pleno Cerrado. Porém, a partir daí, o Centro Esportivo começaria a ser passado de mão em mão (veja quadro abaixo), até o tempo e o descaso deixá-lo impraticável.

Esse palco tornou-se familiar para a Stock Car, que lá disputou 39 corridas. Sucateado, o complexo deixou de receber provas em 2014, ano da última etapa disputada por lá, vencida pelo paulista Átila Abreu. Várias tentativas de revitalização foram feitas, inclusive por meio da concessão do circuito ao ex-piloto Nelson Piquet, em 1995, mas sem grandes resultados e continuidade, a não ser a troca do nome do autódromo.

Mas, finalmente, essa novela terminou, e veremos a Stock Car Pro Series pela 40ª vez em Brasília, neste ano, depois de uma trajetória nada fácil.

Esforço Conjunto

A Stock Car movimenta cerca de R$ 150 milhões anuais, gerando mais de 1.200 empregos. O evento acaba sendo o principal acontecimento das cidades em que é realizado, impactando os setores hoteleiro, de transporte, serviços e comércio. Além do apoio da Confederação Brasileira de Automobilismo (CBA), juntaram-se à Vicar, promotora da Stock Car, o Banco Regional de Brasília (BRB) e o governo do Distrito Federal.

O autódromo de Brasília pertence à Agência de Desenvolvimento do DF (Terracap), que “costurou” o acordo. Ibaneis Rocha, governador do Distrito Federal, comentou: “Estamos recuperando todas as estruturas públicas do DF. O primeiro esporte que Brasília teve, depois de inaugurada, foi o automobilismo; não poderíamos deixar uma joia dessas, no centro da capital, abandonada”.

Já Paco Britto, vice-governador, lembrou do esforço da atual gestão de tirar o autódromo do ostracismo. “São muitos anos [com o local] parado; temos um autódromo que foi sendo destruído nesse período. Por determinação do nosso ‘piloto’, o governador Ibaneis Rocha, finalmente vamos entregá-lo”, comemorou.

O Banco de Brasília, que investe pesado no esporte, assumirá a gestão do complexo, e tem como parceiro na reforma da pista, novamente, o Departamento de Estradas de Rodagem do Distrito Federal (DER-DF), que a construiu há quase 50 anos. “O Distrito Federal possui um histórico de automobilismo, e já teve cinco pilotos na Fórmula 1. Construímos uma parceria perene com o automobilismo e muito forte com a Stock Car”, afirmou Paulo Henrique Costa, presidente do BRB.

A Stock Car comemora o bom andamento das tratativas. “A reinauguração do autódromo de Brasília pela Stock Car é um grande marco para o esporte nacional – e não apenas para a gente. Em termos esportivos, era inaceitável estarmos afastados de uma cidade que nos deu grandes pilotos e que possui enorme tradição. Sob o ponto de vista do negócio, certamente a Stock Car vai retribuir o carinho que sempre recebeu dos brasilienses.

Brasília será vista em mais de 80 países, por meio de nossas transmissões. Eu acho que todo fã brasileiro agradece de coração essa iniciativa do governo de Brasília e do BRB. É com muita emoção que vamos voltar a visitar Brasília”, concluiu Fernando Julianelli, CEO da Stock Car.

BRB investe pesado no esporte e fará a gestão do renovado autódromo de Brasília. Foto: Duda Bairros

De mão em mão

1972 – Inauguração. Proprietário: Novacap

1973 – Transferência da Novacap para a Terracap

1981 – Doação da Terracap ao governo do Distrito Federal

1994 – Decreto nº 16.109 transfere o autódromo à Secretaria de Esporte

1995 – Concessão de uso ao ex-piloto Nelson Piquet

2012 – Processo administrativo encerra a concessão

2013 – Contrato com a FIA para melhorias no autódromo

2013 –  FIA indica a consultoria inglesa Apex Circuit Design

2014 – Contrato entre Terracap e Band para realização de etapa da Fórmula Indy, em 2015

2015 – Terracap acata recomendações do Ministério Público e cancela todos os contratos firmados

2022 – Banco Regional de Brasília assume a gestão do complexo, e tem como parceiro, na reforma da pista, o mesmo Departamento de Estradas de Rodagem do Distrito Federal (DER-DF), que a construiu.

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