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Stock Car fará corrida inédita no Aeroporto do Galeão

Por: Alan Magalhães . 16/03/2022

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Stock Car fará corrida inédita no Aeroporto do Galeão

Pistas montadas em aeroportos escreveram a história do esporte

3 minutos, 39 segundos de leitura

16/03/2022

Recordes de velocidade serão quebrados pela Stock Car no Rio de Janeiro. Foto: Duda Bairros/Vicar

A Stock Car Pro Series está prestes a fazer história novamente no automobilismo brasileiro. Como o leitor deste caderno, soube, em primeira mão (na reportagem publicada em 22 de dezembro de 2021), que a principal categoria do esporte a motor da América Latina vai correr, pela primeira vez, em um aeroporto comercial, em 10 de abril, na pista montada no Aeroporto Internacional RIOGaleão Tom Jobim, localizado na Ilha do Governador (RJ). O Circuito Cacá Bueno terá 3.207 metros de extensão e será palco do inédito GP Galeão, que vai representar o regresso da capital fluminense ao calendário da Stock Car, após dez anos.

Cada uma em sua época, as corridas realizadas em aeroportos sempre surgiram com uma aura de inovação e ousadia. E, em geral, estão na origem de fatos importantes do esporte a motor. Talvez o principal exemplo seja Silverstone, na Inglaterra, local da primeira corrida da história da Fórmula 1, em 1950. Listamos, a seguir, alguns desses marcos do automobilismo mundial.

Antes de ser eternizado como um dos templos do esporte a motor, Silverstone foi uma base de treinamento militar da Força Aérea Britânica, durante a Segunda Guerra Mundial, na década de 1940. Com o fim do conflito, amantes locais do automobilismo enxergaram ali a chance de sediar corridas de forma segura. O circuito foi inaugurado, em 1948, com o aproveitamento da pista de pouso. Depois, em 13 de maio de 1950, sediou a primeira corrida na história da Fórmula 1.

Coincidentemente, Tempelhoff também era uma base aérea em Berlim, Alemanha. Desativado em 2008, o aeroporto de mesmo nome foi transformado em parque, e traz a marca de ter abrigado uma das maiores operações logísticas em tempos de conflito, quando os Aliados o utilizaram para fornecer milhares de toneladas de alimento à população de Berlim Ocidental, então isolada pelo exército russo, logo após a Segunda Guerra Mundial. A operação realizou mais de 250 mil voos com esse objetivo. Desde 2015, a pista sedia etapas do Mundial de F-E, em uma espécie de homenagem da população local.

Nas 13 provas já realizadas por lá, duas vitórias foram anotadas pelo brasileiro Lucas Di Grassi, em 2019 e 2021, que já participou da Corrida de Duplas, da Stock Car Pro Series. No extinto Jaguar eTrophy, outras duas estrelas da Stock somaram cinco vitórias, três de Cacá Bueno (uma em 2019 e duas em 2020) e duas de Sergio Jimenez (ambas em 2020).

Nos EUA virou rotina

Correr em aeroportos faz parte da tradição do automobilismo norte-americano. Entre eles, São Petersburgo, ou “Saint Pete”, é um dos traçados mais tradicionais da Fórmula Indy nos Estados Unidos e contribuiu para dar diversidade a um campeonato que sempre priorizava os ovais. O circuito é bastante peculiar, pois reúne variados trechos urbanos, como o da Baía de Tampa, ruas no entorno do estádio de beisebol Al Lang Stadium e uma das pistas do Aeroporto Albert Whitted, considerada a estrela do traçado, com seu largo retão principal.

De todos os circuitos que tiveram suas bases em aeroportos, certamente Cleveland é um dos mais lembrados e amados pelo fã do esporte a motor brasileiro. Entre 1982 e 2007, foram 25 provas realizadas pela Indy no traçado de 3.389 metros de extensão, montado no Aeroporto Burke Lakefront. Emerson Fittipaldi venceu três vezes (1987, 1989 e 1992), enquanto Gil de Ferran (1996) e Roberto Moreno (2000) faturaram uma vitória cada um.

A Stock Car volta ao Rio de Janeiro, com estrutura de pista especial. Foto: Luca Bassani

Galeão: O mais veloz do Brasil

O RIOGaleão vai colocar o Brasil no restrito clube de países que fazem corridas em aeroportos. Mesmo que não seja um traçado permanente, como se tornou o de Silverstone, o evento será um marco para o esporte a motor sul-americano. Importante também pelo fato de levar o automobilismo de volta ao Rio de Janeiro. Sempre vale lembrar: a fluminense Petrópolis é a sede da Mattheis/Vogel, atual equipe campeã, e já foi chamada de “capital da Stock Car” pela quantidade de times da categoria, que se localizavam lá.

O Circuito Cacá Bueno se tornará, oficialmente, a pista mais veloz no Brasil. Desenhado com a reta mais longa do País, espera-se que os Chevrolet Cruze e Toyota Corolla estabeleçam novos recordes de velocidade na pista carioca.

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