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O pequeno gigante da Stock Car

Por: Alan Magalhães . 12/01/2022

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O pequeno gigante da Stock Car

Ricardo Maurício está sempre entre os líderes, nas estatísticas de desempenho

3 minutos, 40 segundos de leitura

12/01/2022

o pequeno gigante da stock car
Do revés na Europa para a glória na Stock Car. Foto: Duda Bairros

A Stock Car Pro Series é uma fábrica de ídolos; porém, pouca gente sabe das dificuldades que os pilotos enfrentaram para estar onde estão. Gabriel Casagrande foi o grande nome da temporada 2021.

O jovem paranaense de 26 anos conquistou o título, superando a elite do esporte a motor brasileiro, incluindo multicampeões (Cacá Bueno, Ricardo Maurício, Daniel Serra), ícones da Fórmula 1 e Indy (Rubens Barrichello, Felipe Massa, Tony Kanaan, Ricardo Zonta) e os melhores pilotos profissionais do País.

O nome Ricardo Maurício não apareceu por acaso na lista acima. Ricardinho, como é conhecido por todos, teve os mesmos sonhos dos jovens pilotos ao sair do kart: chegar à Fórmula 1. Campeão brasileiro de Fórmula Ford em 1995, com apenas 16 anos, o paulista, atualmente com 43, se mandou para a Europa em busca do seu objetivo. Destacou-se em várias categorias, mas sentiu o gosto amargo dos acordos não cumpridos.

Um deles seria o de que, se vencesse a Fórmula 3 espanhola em 2003, pela equipe Race Engineering, ganharia uma temporada de World Series, último degrau antes da F1, no ano seguinte. Sem recursos, viajava e dormia no caminhão da equipe e se virava como podia. Mesmo assim, conquistou o título. E a promessa não foi cumprida pela equipe, que nem os prêmios pelos resultados repassou ao brasileiro.

O jeito foi voltar ao Brasil em 2004, quando estreou na Stock Car, em que está até hoje, contabilizando três títulos até agora: 2008, 2013 e 2020. E ele afirma que não quer parar tão cedo. “Há coisas que não entendemos, mas escondem um propósito maior. Voltar ao Brasil foi o melhor que poderia ter acontecido.”

Números que impressionam

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A estatura é baixa, mas a fome por vitórias é gigante. Foto: Duda Bairros

Separamos sete índices que, mais do que novos números para integrar o currículo de pilotos já consagrados, são um retrato de algumas das façanhas que fizeram de 2021 uma temporada especial.

1. Quem mais liderou foi Thiago Camilo, com 95 voltas, o que corresponde a 271% do total do campeão Gabriel Casagrande (35). Vencedor de incríveis 7 corridas no ano (29% do total), Ricardo Maurício liderou 89 voltas, com Rubens Barrichello ficando na terceira posição, com 36.

2. A pole position é o momento de glória da atuação de um piloto. A conquista do lugar de honra no grid passou também a valer, em 2021, o Troféu Pole Position Snapdragon, além de 2 pontos extras, na tabela. Thiago Camilo, Rubens Barrichello, Ricardo Maurício e Gabriel Casagrande largaram duas vezes na frente, durante a temporada.

3. 2021 marcou a estreia do ranking de ultrapassagens da Stock Car, e revelou o esforço de quem larga atrás e faz provas de recuperação. O campeão da primeira edição foi Denis Navarro, com uma média de 15,16 manobras por corrida. Navarro derrotou Gaetano Di Mauro, por apenas uma ultrapassagem, na soma de toda a temporada: placar de 364 a 363.

4. Se há algo que conta no automobilismo é a velocidade. E a dupla da Equipe Eurofarma, Daniel Serra e Ricardo Maurício, dominou o quesito volta mais rápida em corrida, mostrando que a equipe dos tricampeões prepara um carro extremamente veloz para as provas. Cada um deles conquistou quatro melhores voltas, em 2021.

5. Quem mais venceu: mesmo zerando em 5 das 24 corridas (duas devido à covid-19), Ricardo Maurício mostrou desempenho exuberante, que lhe deu 7 vitórias, contra 5 de Thiago Camilo, segundo melhor.

6. Se não se tornou campeão, Ricardo Maurício foi muito eficiente: conquistou 100% dos 56 pontos colocados em jogo na sexta etapa, em Goiânia (GO). A façanha lhe concedeu o Troféu Claro 5G Man of the Race. Rubens Barrichello chegou perto, no Velocitta, com 92%.

7. O melhor: muitos pilotos rondaram a liderança (Thiago Camilo, Ricardo Maurício, Rubens Barrichello, Ricardo Zonta, Daniel Serra). Camilo, inclusive, chegou à final com chances matemáticas. Mas foram Gabriel Casagrande e Daniel Serra que disputaram o campeonato, ponto a ponto.

Uma grande temporada, com um campeão inédito. Dos sete principais índices avaliados, Ricardo Maurício apareceu na liderança em quatro. Sinal de que a equipe espanhola deve ter se arrependido de não ter cumprido a promessa. Sorte dos fãs brasileiros, que ganharam um verdadeiro gigante nas pistas.

Os números de Ricardo Maurício sempre o colocam na frente. Foto: Duda Bairros

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