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Stock Car não combina mais com esporte masculino

Por: Alan Magalhães . 08/03/2022

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Stock Car não combina mais com esporte masculino

Presença feminina em postos de comando aumenta cada vez mais

3 minutos, 47 segundos de leitura

08/03/2022

Por: Alan Magalhães

Vanda Camacho (à esq.) e Michele Pereira são responsáveis por todas as operações e logística da Stock Car. Foto: Arquivo Pessoal

Para quem acompanha a Stock Car Pro Series pela televisão, internet ou mídias sociais, a impressão que fica é que se trata de um esporte, predominantemente, masculino. Claro, o automobilismo sempre carregou essa pecha, e a figura do piloto é sempre a mais vista.

A presença feminina no cockpit, em 43 anos de Stock Car, limita-se apenas a dois nomes: a pioneira Regina Calderoni, que disputou duas provas, em 1984, em tempos de enormes dificuldades para uma piloto, e, mais recentemente, Bia Figueiredo, que correu de 2014 a 2019, com um quarto lugar em Londrina, em 2019, como melhor resultado.

Porém, basta circular pelos bastidores da Stock Car para perceber que as mulheres estão com tudo por lá. Hoje, elas ocupam postos de comando dentro da complexa e gigantesca organização da maior categoria no Brasil, como é o caso de Vanda Camacho e Michele Pereira, que comandam um verdadeiro exército – predominantemente, masculino –, encarregado da organização e logística das provas. Formada em propaganda e marketing, Camacho está na Stock Car desde 1996, apesar de ter saído em 2013, mas sem se afastar do automobilismo. Em 2021, foi recrutada novamente.

“Procuro não pensar em diferenças, mas sim em igualdades. Eu me vejo como profissional, da mesma forma que encaro meus colegas de trabalho. Nunca me senti oprimida ou discriminada nesse meio”, afirma Camacho, diretora de operações da Vicar, empresa que organiza a Stock Car.

Chefas e Engenheiras

Depois da morte de seu pai, o ex-piloto Amadeu Rodrigues, Bárbara Rodrigues se viu na responsabilidade de levar à frente o legado, tornando-se a primeira chefe de equipe da Stock Car. Na liderança da Hot Car New Generation, a executiva trouxe inovação e tecnologia ao time, que comemorou 20 anos na principal categoria do automobilismo brasileiro. Formada em medicina veterinária, cresceu acompanhando seu pai e desde criança. “Por sempre estar ao lado dele e da minha mãe, Cibele, que também trabalha no time, aprendi sobre tudo o que acontece no universo automobilístico, e estamos honrando muito sua memória”, recorda Babi, como é mais conhecida.

O ímpeto e a coragem feminina da Luciana Cassolato Barcik foram determinantes na criação de uma nova equipe da Stock Car. Antigo funcionário da multicampeã RC, Joselmo Barcik, conhecido como Polenta, tornou-se chefe de seu próprio time, a Pole, que hoje atende aos pilotos Átila Abreu e Galid Osman. Polenta não esconde que a esposa teve participação importante nesse enorme passo. “A Luciana supervisiona todas as operações da equipe que não envolvem os carros de corrida. Fico muito tranquilo para me concentrar totalmente na performance durante uma etapa da Stock Car”, afirma ele.

E, se falamos em performance, é impossível esquecer o nome da engenheira que se encantou com o automobilismo na faculdade e está, há 15 anos, na Stock Car. Rachel Loh, atualmente, é responsável por toda engenharia e análise de dados dos carros da Ipiranga Racing, dos pilotos Thiago Camilo e César Ramos.

Outro nome conhecidíssimo na Stock Car é Sabrina Seikel, gerente de logística da A. Mattheis/Vogel, onde trabalha junto dos irmãos Elio e Kiko Seikel, que se reuniram em 2021, ano em que a equipe foi campeã. Seikel é daquelas pessoas onipresentes, sempre com um sorriso no rosto, resolvendo alguma coisa, deixando tudo impecável.

Letícia Datena realizou seu sonho profissional como repórter e produtora digital na Stock Car. Foto: Duda Bairros/Vicar

Repórter oficial

Quem olha a repórter Letícia Datena caminhando apressada pelos boxes da Stock Car não imagina o longo caminho percorrido até a realização de um sonho antigo: trabalhar com automobilismo. Datena chamou a atenção, logo cedo, pela beleza, e a carreira de modelo começou aos 15 anos de idade e incluiu trabalhos nos Estados Unidos, Chile, África do Sul, Alemanha, França, Itália e México. A precocidade e a profissão, que exigia que aprendesse vários idiomas, deu a Datena a desenvoltura com as palavras, que mais tarde foi lapidada no curso de jornalismo e de comunicação digital na New York Film Academy.

Foi contratada para cobrir as copas do Mundo de Futebol de 2014 (no Brasil) e 2018 (na Rússia), apresentadora de provas de rali no Chile, antes de acompanhar os ralis Dakar e Sertões, o que finalmente a levou à Stock Car. Desde o ano passado, Datena é uma das responsáveis pelo conteúdo digital da categoria, na qual também é a repórter oficial nas mídias sociais do campeonato.

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