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Ônibus elétricos: saiba quantos veículos rodam na América Latina e como o número cresce a cada dia

Por: Daniela Saragiotto . 15/08/2024

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Ônibus elétricos: saiba quantos veículos rodam na América Latina e como o número cresce a cada dia

Plataforma que mapeia o transporte público urbano na região destaca o impacto positivo desses veículos na qualidade do ar e na saúde pública

3 minutos, 41 segundos de leitura

15/08/2024

Por: Daniela Saragiotto

ônibus Elétrico rodando pela capital paulista_SP_Foto: Divulgação prefeitura de SP
São Paulo evitou 297 quilotoneladas de CO2 com sua frota de ônibus elétricos, que hoje é de 381 veículos; 180 deles são a bateria e 201 trólebus. Foto: Sidnei Santos/SPTrans

Em agosto, uma iniciativa que atua apoiando o aumento dos ônibus elétricos no transporte público na América Latina recebeu atualizações. Trata-se da plataforma E-Bus Radar, que monitora e georreferência veículos elétricos em operação, lançada pela Parceria ZEBRA (Zero Emission Bus Rapid-deployment Accelerator), feita pelo a C40 Cities e o ICCT (Conselho Internacional de Transporte Limpo) na região.

Leia também: Descarbonização: Cascavel (PR) inaugura terminal que carrega 15 ônibus elétricos

Em resumo a ferramenta mostra o número de ônibus elétricos em operação em cada cidade, divididos por veículos a bateria e os que circulam via rede aérea (trólebus), o volume de emissões de CO2 que foi evitado graças à operação desses veículos nas cidades latino-americanas; a posição dos países em relação às suas frotas e a velocidade com que essa transformação está acontecendo.

Atualizações na plataforma de ônibus elétricos

Dessa forma, lançada em 2019, a plataforma tem se tornado referência na região. “Ela fornece dados transparentes e acessíveis que destacam a liderança das cidades da América Latina na descarbonização das frotas de ônibus, inspirando outras municipalidades a adotar soluções de transporte mais limpas e eficientes”, explica Thomas Maltese, gerente sênior da Parceria ZEBRA na C40 Cities.

Sendo assim, a ferramenta foi atualizada para contabilizar as emissões do ciclo de vida do produto. Carmen Araujo, líder regional do ICCT Brasil explica que antes dessa atualização, como os ônibus elétricos não emitem CO2, quando comparados ao ônibus a diesel o resultado era zero emissão de escapamento.

“Considerando o processo todo, como a produção do ônibus e da bateria, manutenção do veículo e a produção da eletricidade, há emissões que agora estão sendo consideradas”, diz.

Ao mesmo tempo, o E-Bus Radar oferece uma visão dos benefícios dos ônibus, mostrando o potencial da transição energética para a saúde e melhoria da qualidade do ar.

Assim, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 90% da população mundial está exposta a altos níveis de poluentes, com consequências sérias para a saúde, como doenças respiratórias.

Destacamos, a seguir, dados importantes sobre ônibus elétricos na América Latina disponibilizadas exclusivamente ao Mobilidade Estadão pelo E-Bus Radar.

América Latina: total de 5.700 ônibus elétricos

Atualmente, a plataforma já mapeou 5.720 ônibus elétricos, em 41 cidades de 12 países da América Latina. Os dados foram cidades e regiões metropolitanas que já incorporaram ônibus elétricos em suas frotas urbanas.

Desse total de veículos, foram evitadas As emissões evitadas 5.951,42 quilotoneladas de CO2. Fonte: E-bus Radar

Brasil: 578 ônibus elétricos

Assim, o Brasil se destaca como o país da América Latina com mais cidades implementando frotas de ônibus elétricos. São 18 municípios, totalizado 578 veículos, dos quais 274 são ônibus elétricos a bateria e 302 são trólebus, veiculos que rodam em uma rede aérea.

Chile é recordista

O Chile, referência em descarbonização, tem menor número de cidades com veículos elétricos em operação na comparação com o Brasil.

Mas é o país com a maior frota de ônibus elétricos da América Latina: 2.446 veículos, em 7 cidades. Do total, 2.370 são ônibus com bateria e 74 trólebus.

Já o país da região com a menor frota é o Paraguai, com apenas dois veículos.

São Paulo evitou 297 quilotoneladas de CO2

Atualmente, a capital paulista é a maior representante da frota elétrica do País, com 381 veículos, dos quais 180 são a bateria e 201 trólebus.

Esse número tende a crescer conforme a Lei do Clima Municipal, que estabelece metas nesse sentido. Essa frota elétrica foi responsável por evitar a emissão de 297,80 kt (quilotoneladas) de dióxido de carbono (CO2) desde a sua implementação.

Bateria versus trólebus

Vale reforçar que, no Brasil, o ônibus elétrico a bateria emite 84% a menos CO2 na comparação com o ônibus a diesel em seu ciclo de vida. Já o trólebus emite 79% a menos de CO2, na mesma comparação.

Leia também: Brasil pode experimentar diferentes rotas para a descarbonização do transporte público

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