Sempre que possível, o dono do carro elétrico deve optar pelo carregamento lento, feita, geralmente, em casa ao longo da madrugada. O rápido ou ultrarrápido é mais indicado em paradas durante uma viagem, quando ninguém deseja permanecer esperando tanto tempo. De preferência, deixe sempre a bateria entre 20% e 80% de sua capacidade.

Por falar em viagem, os grandes percursos feitos com carro elétrico exigem planejamento prévio, para que o motorista tome conhecimento exatamente onde há eletropostos no meio do caminho. “Em um trajeto muito longo, a pausa é necessária para reabastecer a bateria antes de seguir viagem”, afirma Bertoncello. “Hoje, os aplicativos mostram os locais dos pontos de recarga, se estão em operação e se há fila de espera.”

Ao contrário do motor a combustão, o elétrico roda com mais economia na cidade, pois a constante utilização dos freios ajuda a recarregar a bateria, aumentando a autonomia. Dessa forma, o veículo dotado do recurso “one pedal” reaproveita a energia cinética quando o motorista tira o pé do acelerador ou pisa no freio.

Na estrada, o condutor tem a pista livre para acelerar, gastando mais energia. Para tentar poupar a bateria, o ideal é deixar o ar-condicionado desligado e as janelas fechadas, além dos pneus bem calibrados, a fim de reduzir a resistência do ar e melhorar o consumo.

É preciso seguir as recomendações

Embora a manutenção do carro elétrico seja mais simples e barata, devido à existência de apenas 50 partes móveis, contra aproximadamente 400 de um modelo convencional, o usuário não pode relaxar nas recomendações que constam no manual do proprietário, tampouco nos intervalos das revisões.

“O veículo movido a bateria dispensa, por exemplo, velas, correia, filtros de combustível e de óleo e engrenagens de câmbio. Como o sistema de freio é menos exigido, o desgaste das pastilhas é inferior. Assim, a revisão se limita a inspeção das portas de recarga e dos rotores, avaliação da bateria e vistoria de fechaduras, filtro de ar-condicionado, suspensão, dobradiças e trincos”, destaca.

Outro ponto que nem todos sabem é que os pneus de veículos elétricos apresentam diferenças de projeto e desenvolvimento, como os materiais utilizados, desenho e capacidade de carga.

Eles precisam ser mais resistentes para suportar o peso da bateria, alojada no piso do veículo. “Não coloque pneus normais em um elétrico, sob risco de sofrer desgaste prematuro devido ao peso extra. O consumo do pneu pode ser maior por causa do alto torque dos elétricos”, explica.

A lavagem do carro elétrico não requer atenção especial: “As vedações apresentam rigorosos padrões de estanqueidade para os componentes elétricos e eletrônicos do sistema de tração. As baterias são testadas contra inundações e, em caso de acidente, o fluxo de corrente é imediatamente desligado para não haver risco de choque elétrico aos ocupantes”, completa o executivo da Tupi.