Stellantis estreia área para testes de segurança de eletrificados.

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Stellantis estreia área exclusiva para testes de segurança de carros elétricos e híbridos

Por: Mário Sérgio Venditti . Há 2 dias

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Stellantis estreia área exclusiva para testes de segurança de carros elétricos e híbridos

Safety Center da Stellantis, em Betim (MG), inaugura estrutura específica de crash test para avaliar veículos eletrificados

5 minutos, 32 segundos de leitura

22/07/2025

Stellantis crash test
Fábica de Betim (MG) abriga um sofisticado Safety Center de 7.600 m2 e uma pista de 130 metros, com capacidade para promover testes com veículos de até 6 toneladas. Foto: Divulgação/Stellantis

O teste de impacto veicular, conhecido como crash test, é um procedimento fundamental para avaliar a segurança de novos automóveis, os pontos mais vulneráveis do projeto e como uma colisão pode afetar a integridade de motorista e passageiros. A Stellantis – grupo que controla marcas como Fiat, Jeep, Citroën e Peugeot – mantém, em Betim (MG), o sofisticado Safety Center de 7.600 m2 e uma pista de 130 metros, com capacidade para promover testes com veículos de até 6 toneladas.
No inicio de julho, a empresa deu um passo além, ao inaugurar uma área exclusiva para provas de segurança de veículos elétricos e híbridos. “Com o avanço da eletrificação no Brasil, a fábrica de Betim se consolidou como hub no desenvolvimento da tecnologia bio-hybrid”, diz Márcio Tonani, vice-presidente sênior dos centros técnicos de engenharia da Stellantis para a América do Sul.
Ele conta que esse cenário impulsionou a criação do TechMobility, responsável pelo desenvolvimento de tecnologias de eletrificação de baixa e alta voltagem. “A partir daí, tornou-se essencial um espaço específico para avaliações em veículos eletrificados, a fim de garantir os padrões de segurança necessários”, revela.
A nova estrutura integra o ciclo de investimentos de R$ 32 bilhões da Stellantis na América do Sul até 2030. Segundo Tonani, o aporte vai alavancar a jornada de descarbonização da Stellantis, com foco na expansão dos veículos híbridos e no fortalecimento da tecnologia bio-bybrid.

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Stellantis mantém protocolos para emergências

Além do Safety Center, as análises de híbridos e elétricos contam com uma zona de segurança externa, onde os carros são monitorados em tempo real, seguindo todos os protocolos de segurança.
As instalações incluem ainda um tanque de imersão, criado especificamente para conter eventuais emergências com baterias de alta voltagem, como risco de incêndio ou falha no isolamento elétrico.
“Apesar dos parâmetros semelhantes, existem diferenças entre crash tests de automóveis com motor a combustão e eletrificados”, afirma Tonani. “Dessa forma, uma equipe de 50 engenheiros conduz os protocolos de avaliação, observando com mais atenção pontos críticos relacionados às baterias e sistemas elétricos.”
O Safety Center verifica não só os aspectos estruturais e de segurança convencionais, como também protocolos adicionais para confirmar a integridade de todos os componentes antes e depois do impacto, como o compartimento das baterias, sistema elétrico, monitoramento contínuo de temperatura e possíveis emissões de gases.
De acordo com Tonani, nos carros convencionais, a ameaça principal em acidentes está relacionada a vazamentos de combustível e incêndios. Nos eletrificados, a bateria de alta voltagem pode gerar curto-circuito, superaquecimento ou incêndio nas células.
“Vale lembrar que nos automóveis a combustão, o motor e o tanque de combustível são instalados nas extremidades da carroceria, refletindo nos efeitos de batidas frontais ou traseiras. Já a bateria dos elétricos está no assoalho, entre os eixos. Isso muda a distribuição de peso e o centro de gravidade e, consequentemente, o desempenho do carro em testes de impacto lateral e capotamento”, salienta.

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Fuga térmica

Antes dos testes, os técnicos fazem a inspeção completa da bateria, com análises visuais, aferições elétricas e verificação de isolamento. Equipamentos não invasivos examinam a integridade do compartimento da bateria, enquanto temperatura e liberação de gases são controladas continuamente.
Durante os ensaios, tecnologias avançadas monitoram eventuais sinais de fuga térmica. Qualquer instabilidade leva ao acionamento automático de sistemas de contenção e supressão de incêndio, garantindo a segurança da equipe.
Em seguida, os veículos vão para a zona de segurança, onde permanecem em observação por 24 horas. O monitoramento acontece por meio de câmeras térmicas e registradores de temperatura conectados a sistemas online.
Depois do teste, os carros eletrificados passam por protocolos especiais de descarte e manipulação da bateria, enquanto nos veículos a combustão, os procedimentos envolvem a retirada de fluidos inflamáveis.
“Se um risco de incêndio ou falha no isolamento elétrico for detectado, entra em ação o tanque de simulação — desenvolvido para conter emergências envolvendo baterias de alta tensão –, que vai fazer o resfriamento do veículo”, destaca.
Testes feitos com os híbrido-flex Fiat Pulse e Fiat Fastback estrearam a nova estrutura, que tem capacidade para realizar cerca de 200 avaliações por ano. “O Safety Center executa também uma série de provas físicas, que avaliam a estrutura dos veículos, independentemente do tipo de propulsão, e a eficácia dos sistemas de retenção, como cintos de segurança e airbags”, completa.

WEG lança a estação de recarga mais potente do Brasil

Stellantis carregador super rápido da WEG
Novo equipamento da WEG pode carregar até quatro veículos simultaneamente. Foto: Divulgação/WEG

O nome é tão pomposo quanto a promessa do que ele é capaz de fazer. A WEG, empresa de equipamentos eletroeletrônicos, apresentou o Wemob Emob Station High Power Charging (HPC), dispositivo que oferece potência de até 640 kW, com capacidade para recarregar até quatro veículos elétricos simultaneamente. No Brasil, os carregadores ultrarrápidos mais comuns são de 350 kW.

Constituída por dois totens e uma cabine de potência modular, a Wemobreúne modernas tecnologias para a operação de recarga. “O design inteligente gerencia a potência de forma dinâmica, direcionando a energia de maneira eficiente para os carros conectados”, explica Carlos José Bastos Grillo, diretor superintendente de Digital e Sistemas da WEG.

Ao contrário dos eletropostos tradicionais, que geralmente integram os módulos de potência diretamente ao totem, a Wemobos agrupa em blocos e em uma cabine centralizada. Para Grillo, a configuração melhora a entrega de energia, disponibilizando a potência correta para a recarga de cada veículo.

Assim, ela pode ser realocada para atender novos veículos sem comprometer o tempo dos que já estão conectados. O totem é configurável para os quatro principais padrões de recarga globais: CCS-1, CCS-2, NACS e Chademo.

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