Por conta de uma pane elétrica ou de um acidente, o automóvel não pode mais rodar e é preciso levá-lo para a oficina. Como proceder? O correto é chamar o socorro mecânico, já que o profissional possui treinamento e experiência para o transporte seguro. Além disso, rebocar o carro de maneira inadequada pode não só danificar ainda mais o automóvel, como render uma multa e marcação de pontos no prontuário do motorista.
Gabriel Loureiro, diretor técnico da Kia Motors, observa que em vários modelos, existem pontos específicos para a fixação de equipamentos de reboque, tanto na dianteira quanto na traseira do veículo. Os carros que não possuem esses dispositivos devem ser rebocados de outras formas, indicadas no manual do proprietário.
A melhor forma de transporte é com um guincho do tipo plataforma, em que o carro avariado é acomodado na carroceria do caminhão. Mas geralmente o reboque é realizado suspendendo a dianteira do veículo danificado e mantendo as rodas traseiras no chão. Outra forma é suspender a dianteira ou a traseira do carro, deixando o outro lado apoiado sobre uma plataforma com rodízios.
Nunca reboque um veículo suspendendo a parte de trás e deixando as rodas dianteiras em contato com o piso. Além de perigosa, essa opção pode provocar outros danos ao automóvel.
Exceto se estiver sobre a carroceria do caminhão-guincho, o veículo a ser rebocado deve seguir com a sinalização de emergência (pisca-alerta) acionada. Caso o transporte ocorra à noite, faróis e lanternas também devem estar ligados, caso contrário, será preciso usar um conjunto de iluminação fornecido pelo serviço de socorro mecânico.
Detalhe importante: ao contrário do que muita gente imagina, o uso de corda, cabo ou outro elemento flexível para rebocar outro veículo não é proibido pelo Código de Trânsito Brasileiro, já que, como foi explicado anteriormente, nem todo automóvel possui local para fixação de equipamento de reboque (popularmente conhecido como cambão).
O que não se pode fazer é rebocar sem que esteja caracterizada uma situação de emergência. Falta de combustível, por exemplo, é considerada negligência por parte do condutor e infração média, sujeita a multa e marcação de quatro pontos no prontuário do motorista. Da mesma forma, não se pode rebocar um carro que não tenha condições de segurança (iluminação, direção e freios, por exemplo).
Portanto, é importante conferir no manual do proprietário do veículo qual é a maneira recomendada pela fabricante para transportar o carro em uma emergência e, claro, ter sempre à mão o telefone do serviço de socorro mecânico – seja o da concessionária, da seguradora ou de uma empresa de confiança. Assim você pode evitar outros problemas.