Os aditivos automotivos valem a pena?
Saiba se esses produtos têm mesmo a eficácia que prometem
2 minutos, 24 segundos de leitura
18/01/2022
É muito comum entrar em um posto de serviço para abastecer o carro ou trocar o óleo do motor e o frentista oferecer aditivos. A dúvida é sempre a mesma: eles realmente são eficazes?
“Existem vários tipos de aditivos para os carros, mas os principais são do sistema de arrefecimento, de combustíveis e de lubrificantes”, explica Jairo de Lima Souza, professor de engenharia mecânica automobilística do Centro Universitário FEI.
Segundo Souza, os aditivos têm a função de conferir propriedades físico-químicas específicas para os fluidos nos quais são adicionados e que são definidas pelas montadoras na fase de desenvolvimento dos veículos. Só não acredite na crença de que este ou aquele aditivo é capaz de aumentar a potência do motor.
“O aditivo para o sistema de arrefecimento, por exemplo, ajuda a controlar a acidificação do líquido de arrefecimento, aumentar a temperatura de ebulição do fluido e proteger o motor contra cavitação, gerando maior eficiência na troca de calor e em altas temperaturas”, afirma.
Não caia na ‘empurroterapia’
A recomendação é que o proprietário do veículo verifique, ao menos uma vez por semana, o nível do fluído de arrefecimento. Se estiver abaixo da marca do nível mínimo no tanque de expansão, complete com água (de preferência deionizada e desmineralizada) e aditivo, na proporção indicada pelo fabricante.
Já os aditivos para combustíveis e lubrificantes normalmente são desenvolvidos em parceria entre o fabricante do automóvel e a empresa fornecedora do produto.
Existem ofertas boas e ruins no mercado. Por isso, antes de ganhar as prateleiras, as marcas mais sérias passam por testes de validação funcionais e de durabilidade, para provar que cumprirão os requisitos das montadoras. Uma vez aprovados, os produtos constam na lista de manutenção e serviços no manual do proprietário.
O professor da FEI adverte, porém, que a prática da “empurroterapia” ainda é corriqueira nos estabelecimentos. “É importante ficar alerta, pois muitas montadoras oferecem prazos de garantia estendidos e o uso de aditivo não aprovado pela montadora pode causar a perda dessa cobertura extra”, salienta.
Além disso, em 2014, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) determinou que “quaisquer aditivos em frasco para utilização no cárter de motores automotivos deverão ser registrados na ANP.”
Ou seja, não compre o produto sem esse número de registro. Mais: o rótulo deve conter informações como natureza do produto (mineral, sintético ou semissintético), composição, campo de aplicação, finalidade, benefícios, advertências e precauções.
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