Conheça como funcionam os 3 meios de transporte terrestres no Brasil
Ferroviário, rodoviário e cicloviário são os sistemas de modais terrestres do país
Os meios de transporte terrestres, aqueles que se deslocam em ruas, estradas e rodovias, por serem mais baratos e acessíveis, são os mais utilizados para transportar pessoas e cargas, em trajetos curtos ou longos.
No Brasil, os principais são os modais como carros, ônibus, caminhões, e motocicletas. Mas também existe o sistema ferroviário que inclui trens, metrôs e outros veículos sobre trilhos, além do cicloviário, que diz respeito às bicicletas, ainda em ascensão. A seguir, conheça os três meios de transporte terrestres do Brasil:
1- Meio de transporte ferroviário
Enquanto muitos países do mundo têm uma malha ferroviária e metroviária ampla, o Brasil é considerado pobre nesse meio de transporte terrestre. Cenário bem diferente dos primeiros anos do século XX, mais precisamente entre 1870 e 1920, período que ficou conhecido como a “Era das Ferrovias”.
A primeira ferrovia brasileira data de 1854. Construída pelo Barão de Mauá, ligava o Porto de Mauá na Baía de Guanabara à Serra da Estrela, no caminho de Petrópolis (RJ). Logo depois surgiram outras no Nordeste, Recôncavo Baiano e, principalmente, em São Paulo para o transporte de café.
Hoje, o Brasil tem aproximadamente 30 mil quilômetros de ferrovias para o tráfego. A malha se concentra de forma irregular pelo território: enquanto a região sudeste detém quase metade, as regiões norte e centro-oeste concentram juntas apenas 8%. Esse cenário não muda muito quando o assunto é metrô: somente 12 capitais brasileiras oferecem o meio de transporte.
A diferença entre trem e metrô no Brasil é a forma como esses modais são utilizados. Os trens transportam pessoas entre cidades de regiões metropolitanas, enquanto o metrô circula apenas dentro da cidade, nas regiões mais densas e centrais. Isso explica ser quase sempre subterrâneo, para desviar dos obstáculos dos grandes centros.
2- Meio de transporte rodoviário
O processo de industrialização no Brasil, em meados do século XX, impulsionou o investimento federal na construção de estradas, deixando de lado o sistema ferroviário. Entre 1969 e 2008, a malha rodoviária cresceu 180% em quilômetros. Já a malha ferroviária encolheu 14,5%.
Atualmente, o Brasil ainda sente o reflexo desse processo e detém a maior concentração rodoviária para transporte de cargas e pessoas entre as principais economias mundiais: 58% dos deslocamentos e 65% do transporte de cargas são feitos em estradas. Não é à toa que a malha rodoviária brasileira é a quarta maior do mundo, com 1,7 milhões de quilômetros.
Depender de apenas um modal, no entanto, gera alguns problemas. Em relação ao transporte de cargas, produtores (especialmente os de regiões mais distantes) têm impacto negativo em seus recebimentos, enquanto o consumidor sente no preço final dos produtos o valor alto dos fretes. O funcionamento do país fica refém da alta dos combustíveis, da variação cambial internacional e de paralisações de caminhoneiros. Sem contar nos grandes índices de congestionamento nas vias.
3- Meio de transporte cicloviário
Mesmo em velocidade reduzida, as bicicletas têm deixado de ser utilizadas como lazer para virarem meios de transporte terrestre em muitas regiões do Brasil. Em algumas capitais, já existem serviços de bicicletas compartilhadas que permitem o aluguel por horas, dia e até mensal.
Apesar disso, o transporte cicloviário é pouco significativo no país, que também não conta com um programa federal em vigor para unificar e padronizar o sistema. Não se tem números oficiais da quantidade de ciclovias e ciclofaixas existentes. Os espaços destinados às bikes são iniciativas locais. Podem ser encontrados três tipos pelo país:
- Tráfego compartilhado, em que automóveis e bicicletas circulam livremente entre as faixas.
- Ciclofaixa: faixa específica para as bicicletas dentro da via, mas elas circulam integradas ao trânsito de outros veículos.
- Ciclovia: área de circulação totalmente separada e independente do tráfego dos demais veículos, podendo ser de mão dupla. Além de incentivar o uso de bike, a ciclovia é uma forma de tornar esse meio de transporte mais seguro. Baseada no estudo viário e cruzamentos do local, contém piso ideal, sinalização e rota planejada.
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