Em tempo recorde, Stock Car Pro Series dobra de tamanho
Principal categoria de automobilismo do Brasil se consolida em pouco mais de um ano
Há várias perguntas que são repetidas, há bastante tempo, quando o assunto é automobilismo. “Quer ganhar R$ 1 milhão com esse esporte?” Resposta: invista R$ 2 milhões. O esporte a motor está no rol dos mais caros; afinal, depende de muita tecnologia, fornecedores de ponta e mão de obra mais que especializada. Mas, quando a palavra gestão entra na equação, tudo muda.
Para sustentar tudo isso, a exploração comercial e publicitária do produto é fundamental para sua sustentabilidade. No Brasil, não por acaso, a Stock Car Pro Series é considerada a mais profissional categoria do País.
Em suas 43 temporadas, patrocinadores icônicos foram aliados a ídolos que nela surgiram, como a cera Grand Prix, diretamente ligada ao dodecacampeão Ingo Hoffmann, a Coca-Cola de Paulo Gomes, a Smirnoff de Reinaldo Campello e, mais recentemente, a invasão de laboratórios farmacêuticos, que patrocinam equipes e pilotos, misturando-se com petroleiras. Isso sem nos esquecermos da General Motors, verdadeira madrinha da categoria.
Até semente germina patrocínio
O maior crescimento da história da categoria se deu há pouco mais de um ano, quando sua administração passou a contar com gestores profissionais. Em cerca de 18 meses, os negócios de patrocínio multiplicaram-se por três, mesmo em tempos de pandemia.
O movimento iniciou-se quando o fundo de investimentos Veloci, liderado pelo empresário do ramo de telecomunicações Lincoln Oliveira, comprou a Vicar, promotora da Stock Car. Na montagem de sua equipe, trouxe o executivo Fernando Julianelli, um ex-piloto que acumula experiências de sucesso no mundo corporativo e publicitário.
As transmissões foram reorganizadas por meio de várias emissoras e plataformas, entre elas o site do Estadão, que tratam o produto como se deve, priorizando o respeito ao fã, ao espectador.
Na pista, nomes consagrados estrearam, como Felipe Massa e Tony Kanaan. E outras estrelas renovaram seus contratos: Rubens Barrichello, Nelsinho Piquet, Ricardo Zonta, Cacá Bueno, Daniel Serra, Ricardo Maurício, Gabriel Casagrande e muitos outros. Claro, Qualcomm, Motorola, NewOn e Banco BRB puxaram a fila, seguidas por Intelbras, ArcelorMittal, ATTO Sementes, Betway e a petroleira ENOC, de Dubai, que escolheu a Stock para divulgar seus lubrificantes no Brasil. Elas se juntaram a um time já respeitável de líderes de mercado: Toyota, Chevrolet, Pirelli, Fras-le, Fremax e Gasolina Podium.
“Encontramos a Stock Car já assentada sobre uma boa base técnica e desportiva; faltava apenas aprimorar o marketing”, diz Fernando Julianelli, que ocupa o cargo de CEO da Vicar.
A resposta dos patrocinadores foi imediata
A Chevrolet, por exemplo, comemorou sua 500ª largada na Stock Car – um marco, mesmo para os padrões internacionais. A Vibra Energia (antiga BR Distribuidora) renovou o patrocínio por três anos e anunciou que a categoria passaria a ser o principal eixo de patrocínio da marca Gasolina Podium.
O banco BRB entrou no jogo com um lançamento, aguardado há décadas pelos fãs do esporte: cartão de crédito fidelizado da Stock Car. “Desenhamos um produto para, de fato, fazer a diferença para os apaixonados pelo automobilismo e pela Stock Car, com benefícios únicos e vantagens exclusivas”, afirma Paulo Henrique Costa, presidente do BRB.
Outros dois grandes cotistas da Stock Car, de fora do segmento automotor, são a ATTO Sementes e a siderúrgica ArcelorMittal, anunciadas recentemente. Referência no setor agrícola e líder na produção de sementes de soja e milheto, a ATTO enxergou na categoria e na dinâmica do trabalho no campo semelhanças importantes.
“Uma equipe da Stock Car, assim como o homem do campo, necessita trabalhar em constante organização, planejamento e eficiência”, compara Mariangela Albuquerque, diretora de marketing da ATTO Sementes.
O aço verde
A ArcelorMittal Aços Planos é parte do grupo líder no mercado global de aço. Segundo a empresa, seu ingresso na Stock Car se deve a um novo cenário mundial, mais focado na sustentabilidade.
Como forma de mostrar a qualidade de sua tecnologia, a ArcelorMittal produzirá o aço a ser empregado na nova geração de carros da Stock Car, que virá nos próximos dois anos.
“A indústria automotiva global está se movimentando com a consciência verde por meio de ações que visam a descarbonização em todo o ciclo de vida dos veículos, desde a produção do aço até a reciclagem”, justifica João Bosco Reis da Silva, gerente-geral de sustentabilidade e relações institucionais da empresa, citando características que estarão presentes no aço a ser utilizado pela Stock Car.
A terceira etapa da Stock Car acontecerá em 10 de abril, no Rio de Janeiro, com transmissão ao vivo pelo site do Estadão
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