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Guadalajara anuncia a primeira zona de baixa emissão do México

Por: Redação Mobilidade . 07/02/2024
Mobilidade para quê?

Guadalajara anuncia a primeira zona de baixa emissão do México

Medida também deve reduzir acidentes e mortes nas estradas do centro histórico da cidade

2 minutos, 4 segundos de leitura

07/02/2024

Guadalajara, centro histórico
Até 2030, cidade pretende diminuir em até 90% as emissões de CO2 na região, além de aumentar o número de pedestres e ciclistas. Foto: Adobe Stock

Em janeiro, o governo de Guadalajara, no México, inaugurou a primeira zona de baixa emissão do país. A LEZ (low emission zone, em inglês) equivale a uma área de dois quilômetros quadrados no centro histórico da cidade. O prefeito de Guadalajara, Juan Francisco Ramírez Salcido, e o governador do Estado, Enrique Alfaro Ramírez, participaram da cerimônia inaugural.

A definição da área como zona de baixa emissão ocorreu após a implementação de diversas medidas ao longo dos últimos dez anos na região. Dentre elas, melhorias amplas na mobilidade, com incentivo à mobilidade ativa realizada a pé ou de bicicleta no centro histórico.

“Estamos construindo uma agenda que, além disso, promove a mobilidade sustentável, está ativando a economia da região e onde vemos hoje novos projetos de desenvolvimento econômico que geram empregos e oportunidades”, afirmou o prefeito.

Leia também: Como reduzir a emissão de CO2 e melhorar a mobilidade urbana?

Além da criação de estrutura para ciclistas e pedestres, a região central também recebeu espaços e passou a instituir horários específicos para transporte de carga e mercadorias, assim como limites de velocidade. A mesma medida ainda tem como objetivo diminuir os acidentes e mortes no trânsito da cidade.

Estudos e previsões

De acordo com as análises técnicas realizadas para o projeto, os automóveis são a principal fonte de emissões no centro histórico de Guadalajara. Na sequência, estão as motocicletas e veículos leves de carga.

Utilizando como base outra iniciativa parecida em Paseo Alcalde, entre 2008 e 2023, onde mitigaram 90% dos gases com efeito de estufa, os estudos avaliam que as ações atuais no centro histórico devem reduzir a emissão de CO₂ em 90% até 2030.

Os governantes também esperam que a expectativa de vida dos moradores e utilizadores da área aumente em 0,46 anos. Essa estimativa leva em conta a redução dos riscos associados aos gases poluentes e à má qualidade do ar. De acordo com a prefeitura, espera-se atrair anualmente 141,962 novos pedestres e 4,912 ciclistas neste período.

Os estudos técnicos foram elaborados pelo Instituto de Planejamento e Gestão do Desenvolvimento da Área Metropolitana de Guadalajara (IMEPLAN) da cidade com apoio do Grupo C40. O C40 é uma entidade com líderes de cidades mundiais, dedicados às questões ecológicas de enfretamento e mitigação dos impactos ambientais.

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