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Inteligência artificial na mobilidade: você pode não saber, mas ela já está sendo usada

Por: Daniela Saragiotto . 14/06/2024

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Inovação

Inteligência artificial na mobilidade: você pode não saber, mas ela já está sendo usada

Líderes de empresas de diversos segmentos falam, durante o Parque da Mobilidade Urbana, realizado entre os dias 13 e 14 na capital paulista, sobre o futuro da tecnologia

3 minutos, 7 segundos de leitura

14/06/2024

Por: Daniela Saragiotto

PMU 2024 painel Inteligência Artificial_Foto: Diogo Leão/Leão Produtora
Da esq. para a dir., Gustavo Balieiro (diretor da Bus2), Paulo Fraga (CEO da Primova Ventures), André Telles (mediador e diretor de mercado da Celepar), Guilherme Cavalcante (fundador da Ucorp) e Renato Rappoli (diretor comercial da 4 Smart Cloud). Foto: Diogo Leão - Leão Produtora

Durante painel no Parque da Mobilidade Urbana, evento realizado entre os dias 13 e 14 de junho na capital paulista, executivos de empresas do segmento comentaram como já estão usando a inteligência artificial generativa em suas empresas e processos. Os participantes fizeram, também, reflexões sobre até onde essa tecnologia poderá chegar.

Leia mais: Como a inteligência artificial está transformando a mobilidade corporativa

Em painel que teve moderação de André Telles, diretor de mercado da Celepar, Gustavo Balieiro, diretor da Bus2, empresa de soluções para o transporte, resumiu os desafios que as empresas enfrentam atualmente. “As pessoas estão se acostumando com ferramentas como o ChatGPT e outras e querem que os serviços públicos tenham a mesma velocidade”, diz.

Aplicações da IA

Paulo Fraga, CEO – Primova Ventures, braço do grupo Primova dedicado à inovação, comentou que IA tem sido um recurso muito valioso na companhia em várias frentes. Ele é um dos desenvolvedores do aplicativo Cittamobi, criado em 2014 e que fornece informações aos usuários sobre transporte público de forma gratuita e em tempo real.

“Um dos usos é o trabalho que fazemos de tradução de inputs usando IA para qualificação desses dados. São informações que os usuários nos enviam como pontos de ônibus que mudaram de local, terminais sujos, ônibus que foram retirados de linha e outras que, depois, disponibilizamos para o Poder Público para futuras melhorias”, conta.

Fraga comenta que algumas análises da operação são usadas para melhorias nas frotas de veículos. “Por meio delas temos sugestões como troca de baterias dos ônibus, troca de veículo de determinada linha, ente outras, que resultam em economia e acabam gerando maior eficiência operacional”, explica. Ele complementa dizendo que o chatbot com IA, uma novidade, tem proporcionado maior agilidade no atendimento aos clientes”, afirma.

Customização total

Guilherme Cavalcanti, fundador da Ucorp, empresa que desenvolveu o aplicativo Flou, de locação de veículos elétricos, comenta que a IA abre um leque enorme de possibilidades de aplicações, em diversos níveis. Como exemplo, mencionou uma experiência recente de uso da inteligência artificial para resolver um desafio operacional.

“Em determinados dias da semana grande parte dos nossos veículos está em aeroportos, pois essa é uma viagem muito frequente. Para trazer esses carros de volta, passamos a oferecer vouchers de viagens gratuitas para que clientes potenciais nesse retorno, com base na informação na análise de suas informações. A iniciativa tem dado certo e os automóveis estão voltando para pontos mais atrativos”, explica Cavalcanti.

Ele conta que, com base nas informações sobre a rotina das pessoas, é possível oferecer serviços altamente customizados. “Sabendo que determinado profissional trabalha presencialmente na segunda-feira, é possível enviar um voucher no final de semana para ajudá-lo em sua organização”, afirma. Outras aplicações da IA na empresa são o uso da biometria biometria facial pelo usuário para desbloqueio dos veículos, além de uma função no app que encontra pontos de recarga próximos para os veículos.

Para Renato Rappoli, diretor comercial da 4 Smart Cloud, as soluções que a IA pode fornecer são inúmeras, mas é preciso paciência, pois a disponibilidade de dados ainda é muito desigual no País. “Temos um desafio enorme porque o Brasil é gigante. Em São Paulo e em outros locais consigo cruzar dados do transporte púlico, mas em algumas cidades precisamos buscar informações em planilhas. Por isso digo que a ainda há um caminho para o desenvolvimento”, finaliza.

Leia mais: Inteligência artificial: entenda como a tecnologia tem melhorado o transporte público

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