Emissão de passagens rodoviárias no turismo corporativo dispara mais de 180% em 2024
Viagens de ônibus costumam ser de até 400 km, com foco nos setores de engenharia e agrícola; Rio de Janeiro é um dos principais destinos
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Durante um evento com parceiros de negócio e imprensa, a VOLL, agência e plataforma de gestão de viagens corporativas, divulgou uma pesquisa que aponta o aumento da emissão de passagens rodoviárias no setor. Em 2024, o turismo corporativo por meio de ônibus cresceu 181,24% comparado ao ano anterior. Esse aumento acompanha a tendência geral do turismo brasileiro, que aponta o crescimento desse modal.
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Conforme a VOLL, a pesquisa utiliza a base de dados da própria plataforma, que une informações de viagens corporativas de mais de 400 empresas brasileiras. Para Jordana Souza, cofundadora e diretora de novos negócios da VOLL, o aumento do tíquete médio (valor médio que cada cliente gastou em uma empresa em um determinado período) das viagens aéreas alavancou o mercado rodoviário.
“É uma tendência, mas é muito ligada a alguns segmentos, como engenharia, que utiliza muito porque tem desmobilização, mobilização de obra, com um público muito mais operacional”, ela analisa.
De acordo com Jordana, além da engenharia, o setor agrícola também puxa esse número, com destaque para as regiões Nordeste e Centro-Oeste. Ela ainda afirma que um dos principais destinos das viagens de ônibus corporativas é o Rio de Janeiro, que apresentou crescimento na emissão de passagens rodoviárias — como origem e destino — em 75%.
Além disso, a pesquisa da VOLL ainda aponta para um massivo crescimento em São Paulo. Isso porque o número de passagens emitidas para chegar ou sair da cidade aumentou 320,65%. Aliás, a pesquisa ainda descobriu que a emissão de passagens para chegar a São Paulo capital cresceu 4% e para sair da cidade aumento 39%.
Turismo corporativo no Brasil e SP
De acordo com Jordana, as viagens rodoviárias costumam ser de até 400 km. “Hoje a gama da malha rodoviária aumentou e aumentou com conforto para o viajante corporativo”, ela explica. Assim como a queda do tíquete médio das viagens de ônibus corrobora para a ampliação desse mercado. Conforme a pesquisa, essa queda é de 2,35%, de R$ 355 para R$ 249.
Apesar da enxuta queda no tíquete médio nacional, em algumas regiões ela foi expoente. Isso porque no Rio de Janeiro e São Paulo a redução chegou a 30,30% e 29,92%, respectivamente. Entretanto, o valor gasto com hotelaria cresceu.
Em São Paulo, uma viagem corporativa de dois dias apresentou gasto médio de hospedagem de R$ 476 por diária. Em 2023, esse valor era de R$ 434. Já no âmbito nacional, o valor da hospedagem diária saiu de R$ 276 para R$ 308.
Apesar dos custos com hospedagem terem crescido, Jordana afirma que o planejamento das empresas melhorou. “No movimento pós-pandemia passou a ser viagens extremamente necessárias e não mais por uma visita ou outra”, ela explica. “Então, acaba-se fechando uma agenda com mais antecedência”, acrescenta a diretora.
Segundo Jordana, o planejamento das viagens nacionais acontecem com 15 dias de antecedentes, e as internacionais, 30. “A gente vê o movimento das empresas sendo muito mais fieis às suas políticas de antecedência”, diz ela. “Com mais antecedência você comprar sua passagem aérea, sua reserva de hotel, menor vai ser o custo”, conclui a diretora.
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