Na maioria dos automóveis de passeio, o Cx vai de 0,30 a 0,50. Os valores melhoram, sobretudo, em modelos sedã, pois a traseira geralmente mais baixa faz o ar fluir com eficiência.

“Veículos com design aerodinâmico, caracterizados por linhas suaves e área frontal reduzida, minimizam a resistência, otimizando o consumo de combustível e a estabilidade em altas velocidades”, afirma o docente.

Dessa forma, um carro alto, como as vans, jamais terá o mesmo coeficiente aerodinâmico que um superesportivo, modelo bem mais baixo e que fica “grudado” no chão.

Simulações no túnel de vento

Para chegar a uma equação perfeita do coeficiente aerodinâmico do carro, as montadoras fazem testes no chamado túnel de vento, que simula o fluxo de ar que agirá sobre a carroceria.

Ao desenvolver um automóvel do zero, a fabricante avalia todos os efeitos que o ar provocará sobre ele em movimento. Ou seja: como a aerodinâmica vai influenciar no equilíbrio.

Além do desenho da carroceria, existem outras soluções para reduzir o “arrasto” do veículo. Hoje, os retrovisores externos são fundamentais para aprimorar a aerodinâmica. Não é à toa que as fabricantes se esmeram ao projetar a peça, a fim de liberar o ar nas laterais.

As rodas também são importantes, porque têm uma incumbência parecida com a de um ventilador, retirando o ar da parte inferior do assoalho e jogando-o para resfriar os discos de freio. Isso melhora a frenagem e aumenta a segurança.

Alguns modelos possuem aerofólio, componente responsável por canalizar o ar deslocado pelo movimento do veículo. Ele aplica uma força do carro contra a via, gerando maior aderência.

Mesmo quem possui um automóvel com bom coeficiente aerodinâmico pode adotar algumas dicas que elevam o desempenho. Por exemplo: evitar viajar com vidros abertos e observar se o carro está com alguma peça ou escapamento solto, situações que criam resistência ao ar.