Mulheres no Volante: Salvador capacita vítimas de violência para torná-las motoristas de ônibus
Participantes obtiveram aumento da renda média, de R$ 905 para R$ 2.850; projeto oferece carteiras de motorista A ou B e mudança para categorias C, D e E
A capital da Bahia foi reconhecida por um projeto voltado à equidade de gênero no setor de transportes. O “Mulheres no Volante” oferece capacitação para mulheres vítimas de violência doméstica ou familiar em Salvador. Dessa forma, as participantes conseguem tirar a primeira carteira de habilitação ou realizar a mudança para outras categorias.
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Portanto, ao fim do programa, essas mulheres vulneráveis ampliam dua renda média e podem entrar no mercado de logística e transporte coletivo. Aliás, algumas mulheres que participaram do programa integram atualmente o BRT de Salvador.
Mulheres no Volante
O programa teve início em 2020, quando entrou no planejamento estratégico 2021-2025 da Prefeitura Municipal de Salvador. “Surge da necessidade de fomentar a equidade de gênero entre homens e mulheres nesse segmento”, explica a prefeitura. Idealizado pela Secretaria de Políticas para Mulheres, Infância e Juventude (Spmj), o projeto conta com parceria das pastas de Mobilidade (Semob), de Desenvolvimento Econômico, Emprego e Renda (Semdec) e com os serviços Social do Transporte e Nacional de Aprendizagem do Transporte (Sest/Senat).
Desde então, mais de 300 mulheres fizeram parte de alguma capacitação do “Mulheres no Volante”. O projeto oferece a primeira habilitação nas categorias A ou B, mudança para categoria C, D ou E; curso para condução de transporte coletivo, capacitação técnica e cidadã, encaminhamento ao mercado de trabalho e parcerias com Sest/Senat e outros órgãos que oferecem capacitações na área.
Em 2025, 45 mulheres haviam concluído a categoria B e 26 mulheres concluíram mudança de categoria B para D.
Programa que gera transformações
Além de trabalhar no problema da escassez de motoristas no setor de logísticas e transporte coletivo, o programa impacta o bolso dessas mulheres. Conforme a prefeitura, de forma geral, as participantes obtiveram aumento da renda média, de R$ 905 para R$ 2.850. Isso porque ingressaram no mercado de trabalho com uma capacitação diferenciada.
Além disso, o “Mulheres no Volante” ganhou um prêmio nacional no SmartCity Expo Curitiba Brazilian Awards 2025, na categoria Equidade Social.
Quem pode participar do “Mulheres no Volante”?
Para participar do projeto, mulheres residentes de Salvador com registro nos Centros de Referência de Atendimento à Mulher em Situação de Violência doméstica e familiar podem participar. Além disso, mulheres que recebam até 2 salários mínimos por mês também podem se inscrever.
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