Carros eletrificados: entenda as diferenças
Conheça as características de cada um antes de escolher o seu
3 minutos, 54 segundos de leitura
27/06/2023
O assunto carro eletrificado (híbrido ou elétrico) deixou de ficar restrito aos grupos de aficionados por tecnologia e se torna, cada vez mais, tema comum de conversas informais, ainda mais em tempos de preço dos combustíveis nas alturas.
Quando falamos em carros eletrificados, estamos nos referindo, basicamente, a carros 100% elétricos (BEV, Battery Electric Vehicles, na sigla em inglês), que são movidos somente a energia elétrica, e híbridos (HEV, Hybrid Electric Vehicles), que contam com outro tipo de motor, além do elétrico. Este segundo tipo possui níveis distintos de eletrificação.
Confira a seguir qual o tipo de carro eletrificado é o mais indicado para a sua necessidade:
Start-stop
Existe gente que não leva esse item em consideração, mas, tecnicamente, os veículos equipados com sistema Start-stop – que desliga o motor assim que o carro para e o religa automaticamente quando se tira o pé do freio – fazem parte do primeiro nível de eletrificação.
O carro é movido o tempo todo pelo motor a combustão, mas o alternador (que é diferente daquele usado em carros convencionais) aproveita a energia gerada durante as desacelerações e frenagens para alimentar a bateria, proporcionando maior economia de combustível. Exemplo de veículo com esse sistema: Renault Kwid.
Híbrido leve
O principal destaque do híbrido leve é o conjunto formado pelo alternador “inteligente” e uma pequena bateria de 48V. Esse sistema permite acumular energia que é utilizada, posteriormente, nas acelerações e ultrapassagens, garantindo mais segurança e economia de combustível.
Os modelos mais modernos podem até rodar pequenos trajetos em baixa velocidade (ao procurar uma vaga em estacionamentos, por exemplo) utilizando apenas eletricidade. Como já é considerado um carro híbrido, possui isenção de rodízio na cidade de São Paulo. Exemplo: Kia Stonic.
Híbrido em série
Possui dois tipos de motor, um elétrico e outro a combustão, mas é movido o tempo todo apenas pelo primeiro. Por isso, é o modelo cuja condução mais se assemelha à de um carro 100% elétrico.
O propulsor convencional atua somente para ajudar a recarregar a bateria quando for necessário, como se fosse um gerador. Exemplo: BMW i3 com extensor de autonomia (REX).
Híbrido em paralelo
Conta com um (ou mais) motor elétrico e outro a combustão interna, mas que não atuam em conjunto para impulsionar o carro.
O modo preferencial de funcionamento é elétrico, mas, quando necessário, o propulsor convencional entra em ação, gerando potência para o motor elétrico e energia para a bateria. Isso proporciona mais economia de combustível – e menos emissões – sem prejudicar o desempenho no modo elétrico. Por ser mais sofisticado, ainda é pouco usado pelas montadoras. Exemplo: Honda Accord Hybrid.
Híbrido misto (ou combinado)
É o sistema mais popular, mas nem por isso menos complexo – pelo contrário.
Os motores elétrico e a combustão podem funcionar juntos ou separadamente para mover o carro e cabe a uma central eletrônica analisar diversos parâmetros (carga do acelerador, peso do carro, velocidade, entre outros fatores) para definir o tipo de propulsão necessária naquele momento.
Para os brasileiros, a tecnologia mais interessante é a usada pela Toyota com a adoção do motor flex, que permite o uso de etanol, aumentando ainda mais as vantagens ambientais do sistema. Exemplo: Toyota Corolla Cross Hybrid.
Híbrido Plug-In
Identificado pela sigla PHEV (Plug-In Hybrid Electric Vehicle), esse modelo – geralmente do tipo misto – traz como diferencial e principal vantagem poder ter a bateria recarregada por tomada externa, como se fosse um modelo 100% elétrico.
Além disso, possui maior autonomia no modo totalmente elétrico, o que permite trafegar utilizando apenas eletricidade durante mais tempo. Exemplo: Volvo XC60 Recharge.
Híbrido com célula a combustível
Em vez de um motor a combustão, possui uma célula (ou pilha) que transforma hidrogênio em eletricidade, usada para alimentar o motor elétrico, emitindo apenas vapor d’água como resíduo.
Considerada a alternativa mais viável para veículos de carga que precisam rodar grandes distâncias, tem como principal desvantagem necessitar ser abastecido com hidrogênio sob pressão em locais específicos. Exemplo: Toyota Mirai.
Elétrico “puro”
Tem o sistema com princípio de funcionamento mais simples, com uma bateria que alimenta um (ou mais) motor elétrico.
A recarga é feita sempre por meio de tomada externa e, atualmente, as fabricantes estão preocupadas em desenvolver modelos que combinem maior eficiência e autonomia com rapidez na hora da recarga. Exemplo: Nissan Leaf.
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