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O desenvolvimento dos sistemas de assistência

Por: . 14/06/2021

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O desenvolvimento dos sistemas de assistência

Tecnologias aprimoradas pela Bosch exigem muitas horas de estudo e testes até chegar ao usuário final

3 minutos, 32 segundos de leitura

14/06/2021

Quem dirige e se vale dos sistemas de segurança e de assistência ao condutor do automóvel dificilmente faz ideia de como é o desenvolvimento dessas tecnologias, da ideia inicial até equiparem os modelos que chegarão às ruas. São anos de trabalho, horas e horas de testes e todos os detalhes devem ser revistos várias vezes até a validação definitiva do dispositivo.

“Da fase que chamamos de plataforma até a outra ponta, onde está o consumidor, o projeto pode levar cerca de quatro anos”, afirma Leimar Mafort, gerente de engenharia da Bosch. “No entanto, há uma pressão mercadológica cada vez maior para que esse tempo de desenvolvimento seja menor.” Ele revela que o início do trabalho leva em conta as tendências existentes na indústria automotiva e os requisitos do próprio cliente. 

“No caso de um conceito já existente, nos dedicamos em explorar capacidades adicionais e em aplicações específicas da montadora”, explica. “Daí a importância de estar sempre antenado nas tendências e em novos critérios de testes.”

Os sistemas avançados de assistência ao motorista (Adas, na sigla em inglês) fazem parte de um movimento da indústria que não para de evoluir. “Quando o cliente quer uma função completamente nova, a Bosch avalia se o produto já não está merecendo ganhar uma nova geração”, diz Mafort. 

Softwares específicos

O controle adaptativo de cruzeiro (ACC) e a frenagem automática de emergência (AEB), por exemplo, têm os radares como base de desenvolvimento e, a partir disso, vem a implementação dos requisitos dos clientes. “A montadora envia informações como critérios de performance e de incompatibilidade magnética. A partir disso, nossa equipe começa a adaptar softwares específicos e novas calibrações”, revela. “No começo do desenvolvimento, nossa meta é que o radar da frenagem automática de emergência consiga ver todos os objetos que o radar do futuro verá.”

Dependendo da tecnologia, a fase de desenvolvimento dura de mil a 10 mil horas, com o acúmulo de centenas de megabytes de informações. “Com esse volume expressivo de dados, é possível simular o funcionamento de radares e sensores quando estiverem prontos para serem utilizados na vida real pelo usuário final”, atesta o executivo.

Mafort explica que em tecnologias como o programa eletrônico de estabilidade (ESP) o processo de desenvolvimento é um pouco diferente. “Os engenheiros executam manobras controladas em situações distintas para avaliar o sistema. O veículo também é enviado para a Suécia para o chamado teste de inverno. As calibrações recebem as devidas modificações para então passarem por uma nova bateria de testes. É mais imediato”, explica. 

Ele conta que os testes de durabilidade dos sistemas de assistência não são realizados necessariamente por engenheiros e especialistas. Para analisar o ESP, por exemplo, profissionais treinados fazem as avaliações durante o desenvolvimento em situações de chuva, vias com asfalto bom e ruim, grama, paralelepípedo e em temperaturas variadas, que podem alterar o nível de atrito dos pneus com o solo.

Feeling do motorista

Já os sensores que acusam sonolência precisam detectar se o motorista encontra-se cansado ao volante e, para isso, considera vários perfis de condutores e diferentes idades. Além disso, também leva em conta vários horários ao longo do dia e tempo de direção. “As câmeras analisam nível de cansaço, tempo de reação, situações de desatenção e a fisionomia do motorista o ‘comparando’ com outras 15 feições”, diz. 

Já o desenvolvimento dos air bags, o sensor deve determinar o momento exato de desaceleração em que as bolsas de ar precisam ser ativadas.

Todos os projetos são validados pelas montadoras e pela Bosch. É uma espécie de atestado de que o sistema é totalmente seguro para ser instalado no automóvel. “Produtos não homologados pela montadora podem trazer algum tipo de risco ao usuário em determinadas situações”, diz Mafort. Por isso, é preciso tomar cuidado ao comprar um carro sem o equipamento e mandar colocá-lo depois.

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