A urgência de conscientização sobre os perigos do celular ao volante
Motociclistas e motoristas de carros, que atingem velocidades mais altas, registraram as maiores taxas de uso de dispositivos móveis
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14/05/2024
No mundo contemporâneo, o celular tornou-se uma extensão do corpo humano, fundamental para nossa comunicação e acesso rápido às informações. O seu uso ao volante, no entanto, tem se mostrado uma das principais causas dos acidentes de trânsito, representando um risco significativo à segurança viária.
Organizada pelo Observatório Nacional de Segurança Viária (ONSV) e pela Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran), a campanha Maio Amarelo desse ano, sob o lema “A paz no trânsito começa por você”, reforça o quanto pequenos gestos de gentileza, respeito e empatia são essenciais para garantir um tráfego harmônico e seguro para todos, condutores e pedestres.
O movimento, que completou dez anos em 2023, surgiu com o desafio de promover a conscientização e a sensibilização pública para reduzir os acidentes e mortes no trânsito, tendo a educação viária como um tema transversal sobre vários aspectos, incluindo o comportamento dos motoristas e o uso dos dispositivos móveis ao dirigir.
Por um tráfego mais humano
Presente há 30 anos no Brasil, a Fundación Mapfre colabora ativamente para a redução dos índices de acidentes de trânsito, disseminando informações que possam contribuir para a elaboração de políticas públicas e que tornem o nosso trânsito mais humano e seguro.
Nesse sentido, em 2023, a Fundación Mapfre, em colaboração com a empresa Fresta e instituições acadêmicas como a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e a U/niversidade Técnica da Dinamarca (DTU), realizou um estudo inédito no Brasil: “Segurança Viária e o uso de dispositivos eletrônicos portáteis“
Esta pesquisa, focada em pedestres, ciclistas, motoristas de automóveis e motociclistas das cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Recife, revelou que o uso de celular ao volante aumenta significativamente o risco de acidentes graves.
Uso mais frequente
Os resultados são alarmantes: motociclistas e motoristas de carros, que atingem velocidades mais altas e, portanto, apresentam riscos mais graves, registraram as maiores taxas de uso de dispositivos móveis. Durante a pesquisa, observou-se que 57,1% dos motociclistas e 27,1% dos motoristas utilizam seus celulares, mesmo quando parados em semáforos.
Além disso, 77,8% dos entrevistados admitiram ter usado o celular enquanto se deslocavam ao menos uma vez, com 36,2% usando-o frequentemente ou muito frequentemente. Além disso, 48,6% afirmaram sentir necessidade de usar o celular durante o deslocamento.
A distração provocada pelo uso do celular prejudica a atenção do motorista, impedindo-o de reagir a situações de tráfego inesperadas e colocando em risco sua segurança e também a de pedestres, ciclistas e outros condutores.
Fica evidente que promover um ambiente seguro no trânsito é uma responsabilidade compartilhada entre todos: não apenas os usuários das vias, mas também o Poder Público, empresas de tecnologia e de transporte, além da sociedade civil.
Educação no trânsito
Na Fundación Mapfre seguimos comprometidos em aumentar a conscientização sobre os perigos do uso de celulares ao dirigir e em promover práticas de condução mais seguras.
Por meio de nossos programas, iniciativas e parcerias, trabalhamos na prevenção e segurança viária, engajando comunidades escolares, pais e responsáveis em todo o Brasil, sobre a necessidade de adotar hábitos mais seguros no trânsito. Além disso, defendemos leis mais rigorosas para restringir o uso de dispositivos móveis ao volante.
Promover um trânsito mais seguro é responsabilidade de todos. E tudo começa pela conscientização. Então, na próxima vez que for dirigir, não esqueça de deixar o celular desligado ou em modo silencioso. Certamente, você servirá de exemplo e ajudará a preservar a sua vida e a de todos que trafegam pelas vias públicas.
Leia também: Maio Amarelo: a paz no trânsito começa por você
Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do Estadão
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