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Carro próprio ou transporte por aplicativo: como calcular quando cada opção é mais vantajosa

Por: Lucia Camargo Nunes . 25/11/2019
Meios de Transporte

Carro próprio ou transporte por aplicativo: como calcular quando cada opção é mais vantajosa

Para consultor financeiro, decisão depende não só de aspectos financeiros, mas também comportamentais

3 minutos, 37 segundos de leitura

25/11/2019

Por: Lucia Camargo Nunes

Carro próprio ou motoristas por aplicativo - Homem dentro de carro segurando o volante
O mais importante é cada um verificar sua realidade e fazer contas. Foto: iStock

A pergunta é ouvida várias vezes por dia pelo consultor financeiro Caco Santos: “Vale mais a pena ter meu próprio carro ou utilizar transporte por aplicativo?” E Santos, que é planejador financeiro CFP da associação Planejar, costuma dar sempre a mesma resposta: “Depende.”

De acordo com ele, cada situação é diferente: o mais importante é cada um verificar sua realidade e fazer contas. “Depende do tamanho dos deslocamentos, da frequência, se tem transporte público ou alternativos. Quando falamos de mobilidade – antes era apenas carro, táxi ou ônibus – e hoje temos patinete, bicicleta por assinatura, então, são várias as alternativas.”

A primeira dica de Caco é: pegue sua realidade e faça contas. Há calculadoras em sites e aplicativos que ajudam a fazer esses cálculos. Ao falar de ter um carro, deve-se considerar os custos mais “óbvios”, como combustível, estacionamento, manutenções, lavagens, além dos gastos anuais, como seguro, IPVA, licenciamento e seguro obrigatório. 

A depreciação do carro, geralmente esquecida, é importante: todos os anos o bem perde valor. “Para saber, pode-se pesquisar preços em sites de venda de carro, que tende a cair mais rapidamente nos primeiros anos e depois terá perda anual de 8 a 10%”, afirma.

E daí vem as alternativas: táxi, transporte por aplicativo, simulando os horários em que se usaria, calculando quantas corridas faria ao mês pelo valor de cada uma.

Se a pessoa roda muito por dia é recomendável avaliar o tipo de carro que precisa. “Em geral, quem usa mais, ter um carro costuma ser financeiramente mais viável. Quem circula pouco, usar aplicativo pode ser mais vantajoso”, avalia o consultor.

Aspectos comportamentais

Após avaliar os aspectos financeiros, é preciso avaliar as questões “comportamentais”: a preferência, por exemplo. Nem todos gostam de andar de passageiro, então mesmo sabendo que ter o próprio carro é mais caro, essa pode ser a sua escolha. “Aquilo é mais importante para a pessoa do que a questão financeira. Não tem problema desde que isso caiba no seu orçamento”, diz Caco. 

A previsibilidade, de ter horários rígidos, também limita usar transporte coletivo, táxi ou aplicativo. “Conheço uma mãe que tem que sair todos os dias às 17h30 do trabalho para buscar o filho às 18h na escola. Ela não pode depender de um dia que está chovendo e não encontrar táxi ou transporte por aplicativo. Então, são questões não financeiras que precisam entrar na conta.”

Outra preferência é aquela de enquanto não dirige realiza alguma atividade. “Quando eu faço um deslocamento maior prefiro ir de táxi ou por aplicativo porque nessa meia hora, uma hora, eu trabalho e consigo ser mais produtivo, ligar para um cliente, olhar para minha agenda, responder e-mails, estudar, fazer anotações… Muitas vezes isso não entra na conta, mas se a minha hora de trabalho custa mais do que a hora de trabalho de um motorista por aplicativo é mais barato do que ir com meu carro, mesmo se financeiramente fizesse mais sentido ter um carro”, avalia o especialista. 

A Lei Seca também promoveu uma mudança cultural. “Beber e dirigir não cabe mais. Hoje também é impensável viajar em um carro sem usar o cinto de segurança. O mesmo acontece com a bebida.”

Em sua experiência profissional, Caco diz que quanto mais as pessoas param para pensar, fazer contas e ver o que é importante, percebe um aumento de consciência sobre recursos naturais.

“As pessoas cada vez mais querem usar ao invés de ter. O compartilhamento vai das coisas mais simples às mais caras. Os millenials não têm preocupação com a casa própria, não querem ficar presos. Com carro isso é mais pronunciado ainda. Há alguns anos havia pessoas que queriam ter o carro esportivo e luxuoso. Cada vez menos vejo isso. Se for viajar no fim de semana, aluga um carro, sem se preocupar com sua manutenção. Além das questões monetárias, há as preocupações em ter um carro.”

Hoje tem ainda a “assinatura” de carro, que pode ser avaliada, colocando as vantagens e desvantagens entre ter (à vista ou financiado) ou escolher pelo aluguel de longo prazo.

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