Pedágio free flow: saiba como pagar sistema sem cancela
Pagamento também utiliza tags de cobrança com débito automático
3 minutos, 3 segundos de leitura
16/01/2024
Por: Redação Mobilidade
O sistema de pedágio free flow, também conhecido como pedágio sem cancela, funciona como uma cobrança eletrônica automática da tarifa. Aqui no Brasil, a tecnologia começou a funcionar em março de 2023 e, desde então, tem avançado nas rodovias do País.
Com menos de um ano de funcionamento, o free flow ainda causa muitas dúvidas por aí, principalmente entre aqueles que não costumam cruzar os trechos das rodovias com este tipo de sistema, como a BR-101 (Rio-Santos).
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Conversamos com Newton Ferrer, diretor de Negócios e Produtos da ConectCar, especializada em tags free flow, para responder algumas das principais questões sobre o tema:
Como o pagamento é feito em um pedágio free flow?
O sistema free flow possibilita a passagem livre dos carro (daí vem o termo pedágio sem cancela), permitindo o livre fluxo dos veículos. “Nesse momento, para quem tem tag no carro e já utiliza uma tag, não muda nada na vida dele, é o mesmo procedimento, o que muda é que a tarifa que é cobrada já vem tarifada no extrato”, explica.
As tags, ou adesivos de pagamento, são ferramentas de identificação dos veículos e dos motoristas. Usuários com tag instalada, além da praticidade em sistemas free flow, também têm acesso a outras funções, ofertadas por cada empresa. Alguns serviços oferecem descontos para motoristas que cruzam os pontos de pagamento com frequência, por exemplo.
Na maior parte do tempo, as tags possuem um saldo próprio, vinculado ao cartão do motorista responsável. Ao passar em um desses sistemas, o valor da tarifa é debitado, a depender das condições do contrato com a empresa. “Na ConectCar, quando o saldo do motorista está abaixo de R$ 30, a própria tag solicita uma recarga diretamente no cartão vinculado”, explica Ferrer.
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Para os motoristas que não utilizam nenhum serviço de tag ou adesivo de pagamento, o diretor explica que, durante a passagem em um sistema free flow, o motorista tem sua identidade e veículo identificados automaticamente. A partir deste momento, o condutor terá 15 dias para entrar em contato com a concessionária para efetuar o pagamento. “Nos dois lugares [onde o free flow opera no Brasil] as concessionárias oferecem um ponto em que o motorista pode passar para efetuar o pagamento”, afirma.
Como proceder em caso de não pagamento?
Em situações nas quais os condutores não têm um adesivo de pagamentos, o valor da tarifa fica disponível em cerca de 48 horas. O pagamento, então, precisa acontecer em até 15 dias corridos, a partir da data da passagem.
Quando o o motorista não realiza o pagamento dentro deste período, uma multa de trânsito no valor de R$ 195,23 pode ser aplicada, além da contabilização de 5 pontos na carteira, de acordo com Artigo 209 do Código de Trânsito Brasileiro. Valores adicionais, de encargos moratórios pelo atraso, por exemplo, também podem aumentar a tarifa.
O uso de free flow aqui no Brasil ainda está em fase experimental. A previsão é de que esse período dure cerca de doze meses (até março deste ano), com a possibilidade de prorrogação. Os procedimentos de pagamento e débito ainda podem sofrer algumas adaptações conforme a tecnologia avança. O projeto tem coordenação da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).
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