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Dia Mundial do Cachorro, saiba como evitar multas ao transportar seu amigo de quatro patas

Por: Fellipe Gualberto . 24/08/2024
Mobilidade para quê?

Dia Mundial do Cachorro, saiba como evitar multas ao transportar seu amigo de quatro patas

Permitir que o animal coloque a cabeça para fora do carro é uma infração grave, conheça as consequências

3 minutos, 48 segundos de leitura

24/08/2024

Por: Fellipe Gualberto

Além de ser uma infração de trânsito, deixar o animal colocar a cabeça para fora do carro representa risco para o cão. Foto: Adobe Stock

Na segunda-feira (26), comemora-se o Dia Mundial do Cachorro. O melhor amigo do homem merece os melhores cuidados em todos os momentos, inclusive quando está sendo transportado de carro. Mas você sabia que, além de garantir a segurança do animal, as caixas de transporte, cintos de segurança e cadeirinhas também podem ajudar a evitar multas?

Apesar de esses dispositivos não serem obrigatórios ao transportar um cão no carro, há alguns cenários em que o transporte irregular de um cão pode lhe render uma infração de cinco pontos e despesa de R$ 195,23. Quer saber como evitar esse transtorno? Então, continue a leitura do texto a seguir.

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Multas ao transportar cachorros

No Dia Mundial do Cachorro, o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) nos lembra que deixar o animal solto no veículo pode ser um risco tanto para o condutor quanto para o cão. O artigo 252 do CTB prevê uma penalidade para o motorista que transporta animais à sua esquerda ou entre os braços e as pernas.

Nesse caso, a infração é de natureza média e resulta na adição de quatro pontos no prontuário. Além disso, o condutor vai precisar pagar multa de R$ 130,16.

Outra infração que pode ocorrer ao transportar cães está prevista no artigo 235 do CTB. Diz respeito a uma prática bem comum entre os cachorros, quando não estão presos por dispositivo de segurança: colocar a cabeça para fora do automóvel durante a viagem.

Essa infração é grave, resultando na adição de cinco pontos na CNH e multa de R$ 195,23. De acordo com informações do Detran-SP, “neste ano, 80 motoristas foram autuados no Estado por essa infração, número que sobe para 119 no acumulado desde 2020”.

Riscos de permitir que o animal fique solto no carro

“Quando um animal fica com a cabeça para fora da janela do carro, ele é exposto a vários riscos, como traumas por objetos que estejam voando com o vento ou até mesmo por estruturas”, explica Bianca Amorim, veterinária formada pela Universidade Federal de Viçosa (UFV) e proprietária da clínica Pet Salute, em Juiz de Fora (MG).

Além do risco óbvio de colisão, outros problemas podem ocorrer com essa prática. “Vale ressaltar que, para animais com problemas respiratórios ou até mesmo oftálmicos (nos olhos), esse contato direto com o vento e a poluição das cidades pode inflamar as estruturas desses sistemas e agravar problemas existentes”, sintetiza a veterinária.

Mas o animal solto no automóvel não corre riscos apenas ao colocar a cabeça para fora, todo o transporte sem cadeirinha ou caixa pode ser danoso para o cão. “O animal solto dentro do carro, principalmente em estradas com muitos buracos, pode sofrer traumatismos com a movimentação do veículo”, alerta.

Como escolher a caixa de transporte ideal?

A cadeirinha ou caixa de transporte ideal para o seu cachorro deve levar em conta cinco fatores: tamanho do animal, acessibilidade, conforto, ventilação e segurança.

“A caixa ou cadeirinha deve oferecer espaço suficiente para que o pet consiga sentar, levantar, deitar e se movimentar confortavelmente. Deve ser de fácil entrada e saída para o animal, acolchoada, permitir que o animal tenha boa ventilação para evitar hipertermia (temperatura elevada no corpo), e possibilitar a fixação no carro”, detalha Bianca sobre cada um dos fatores listados anteriormente.

No momento do uso, “não há tempo máximo específico para que o animal fique em uma caixa de transporte. Mas é importante considerar o conforto e as necessidades”, explica a especialista. Sendo assim, é necessário fornecer água para o cachorro e fazer pausas em viagens longas, o que permite ao pet “se esticar” e fazer suas necessidades.

A veterinária explica que “os animais podem precisar de tempo para se adaptar, então é bom habituá-los gradualmente”. Uma solução seria oferecer recompensas cada vez que o cachorro entra no dispositivo, criando uma associação positiva.

Por fim, alguns cachorros podem ter condições especiais. “Existem cães que sentem náuseas normalmente durante viagens, pela condição conhecida como cinetose, que é o enjoo por movimento.” Ao mesmo tempo, outros animais podem se estressar com o transporte. Nesse caso, Bianca explica ser necessário observar o comportamento do animal e ajustar a viagem de acordo com as necessidades do seu amigo de quatro patas.

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