A mobilidade elétrica está entre os protagonistas na transformação do setor energético e dos meios de transporte. É o que afirma Marcelo Abuhamad, diretor comercial do Grupo BONÖ, empresa de energia solar.
Segundo o especialista, além da energia solar, as baterias e o H2V (hidrogênio verde) terão papel importante nesta mudança. O protagonismo destas fontes se dá devido à crescente conscientização sobre a importância da sustentabilidade.
Do mesmo modo, está a necessidade atual de reduzir a dependência dos combustíveis fósseis. Portanto, fontes sustentáveis de energia têm grande destaque no mercado.
“Estas tecnologias não apenas têm o potencial de impulsionar a sustentabilidade mundialmente, mas também de criar novos mercados, modelos de negócios e oportunidades de geração de renda”, afirma Abuhamad.
O diretor ressalta que a energia solar fotovoltaica é uma das formas mais limpas e abundantes de energia disponíveis. Assim, à medida que a tecnologia avança, os custos de instalação e produção de energia solar continuam a diminuir, tornando-a cada vez mais acessível.
De acordo com a IRENA (Agência Internacional de Energia Renovável), o investimento global em energia solar em 2022 atingiu US$ 500 bilhões. Ou seja, um aumento de 19% em relação ao ano anterior.
“As perspectivas para o setor são ainda mais promissoras, com previsões de que o investimento global em energia solar atingirá US$ 2,5 trilhões até 2030, impulsionado pela demanda crescente e pela redução contínua dos custos”, aponta.
Já as baterias têm como objetivo superar o obstáculo de que as energias renováveis dependem de condições climáticas. Portanto, são a solução para armazenar a eletricidade gerada a partir de fontes renováveis para uso posterior.
Segundo a BloombergNEF, em 2020, o investimento global em projetos de baterias de armazenamento de energia ultrapassou US$ 13 bilhões, um aumento de 20% em relação ao ano anterior.
“A perspectiva para o crescimento desse mercado é ainda mais promissora. Estima-se que até 2030, o investimento global em baterias de armazenamento de energia alcance a marca de US$ 1,3 trilhões, impulsionado pela demanda crescente por soluções de armazenamento de energia renovável e pela necessidade de estabilizar a rede elétrica em face da geração intermitente”, projeta o diretor.
Por fim, o hidrogênio verde é uma solução promissora para a descarbonização de setores que são difíceis de eletrificar, como o transporte com veículos pesados e a indústria. Portanto, ao utilizar energia solar e eólica para produzir hidrogênio, é possível obter uma fonte de energia limpa e livre de emissões de carbono.
Um estudo da IEA (Agência Internacional de Energia) e do BCG (Boston Consulting Group) mostra que o investimento global em projetos relacionados ao hidrogênio verde chegue a US$ 12 trilhões entre 2025 e 2050.
“A perspectiva é que o mercado de hidrogênio verde alcance US$ 500 bilhões até 2050, impulsionado pela necessidade de descarbonização e pela crescente demanda por soluções de energia limpa”, afirma o especialista.
Portanto, para Abuhamad, a mobilidade elétrica tem sido uma das principais impulsionadoras da transição para um transporte mais sustentável. Segundo o especialista, com a crescente disponibilidade de veículos elétricos e a expansão da infraestrutura de recarga, espera-se uma adoção em massa dos veículos elétricos nos próximos anos.
“No Brasil, a mobilidade elétrica está começando a ganhar tração. O País tem demonstrado um crescente interesse em veículos elétricos, impulsionado por políticas governamentais, incentivos fiscais e a conscientização sobre a importância da redução das emissões de carbono”, avalia.
Assim, a projeção é de 11 milhões de carros elétricos até 2040. Portanto, um aumento de 20% em relação à frota atual. A Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores) relatou que somente em 2022 foram emplacados cerca de 49,3 mil carros elétricos e híbridos de passeio e comerciais leves.
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