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Pioneirismo e capacidade de adaptação

Por: Apresentado por 99 e Blue Studio . 05/09/2022

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Pioneirismo e capacidade de adaptação

Luiz Manoel compartilha suas experiências como um dos primeiros taxistas a migrar para aplicativos de transporte em São Paulo

3 minutos, 29 segundos de leitura

05/09/2022

Por: Apresentado por 99 e Blue Studio

Com mais de 40 anos de histórias ao volante, Luiz desenvolveu estratégias para aumentar seus ganhos e prestar um bom atendimento aos passageiros. Foto: arquivo pessoal

Motorista há mais de quatro décadas, Luiz Manoel da Silva Rodrigues, 59 anos, foi um dos primeiros a migrar, há cerca de dez anos, do trabalho como taxista para o serviço de transporte por aplicativo, ainda pouco conhecido na época. Mesmo sem muito conhecimento de tecnologia, arrumou coragem e foi aprender uma nova forma de atuar na profissão escolhida.

“No começo, ninguém entendia direito como era essa coisa do digital, não sabíamos nem como mexer no celular. Mas tivemos muito apoio da empresa, fomos nos reestruturando e nos adaptando”, relembra fazendo referência à 99, empresa de tecnologia voltada à mobilidade urbana e à conveniência, a primeira em que atuou como motorista por app e, após dez anos, continua firme. “Devo ter sido um dos primeiros motoristas, pois me cadastrei assim que a empresa chegou ao mercado.”

Luiz roda pela cidade de São Paulo e pela região metropolitana e tem como estratégia principal atender aos passageiros que vão ou saem das muitas feiras, congressos, exposições e outros eventos, aproveitando as oportunidades oferecidas pelo turismo de negócios. “Sou credenciado nos centros de exposições e estou em grupos de WhatsApp que repassam as informações. Frequentemente, busco passageiros que estejam indo ou voltando desses locais”, explica.

Ele parte todos os dias do bairro do Morumbi e costuma rodar nos arredores da Avenida Paulista e Jardins, suas preferidas. “Claro que nem sempre conseguimos ficar apenas nesses locais preferenciais, mas faz parte”, explica.

Compartilhando conhecimento — Com tanto tempo rodando por São Paulo, Luiz tem suas táticas para aumentar seus ganhos e prestar um bom atendimento aos passageiros. “De maneira geral, evito locais onde há muito tumulto, como campos de futebol, além de lugares onde as pessoas consomem muita bebida alcoólica. Dou preferência às vias onde entramos e saímos com facilidade”, revela.

Ele também tenta passar seus conhecimentos aos motoristas novatos, compartilhando o que já aprendeu, e comenta que alguns são bastante receptivos. “Os mais jovens são os mais resistentes, mas faço minha parte”, brinca.

Apresentar um carro limpo, com manutenção em dia, ser educado, respeitar as normas de trânsito, saber rodar pela cidade, ter bom senso e pontualidade estão no topo da lista de Luiz como os aspectos mais importantes para aumentar a nota e tornar-se um motorista 5 estrelas. “Na minha visão, basta ser educado. No dia a dia, acho importante perceber e saber diferenciar as situações em que eles querem conversar e quando estão apenas a fim de falar mesmo. E tem gente que quer ficar em silêncio durante todo o trajeto também”, avalia.

Caminho com muitas histórias — Entre milhares de passageiros e de acontecimentos pelos quais já passou ao longo da sua trajetória, Luiz destaca um muito marcante. “Já tive uma situação em que busquei uma passageira grávida. No caminho, ela começou a gritar de dor, dizendo que o bebê estava para nascer. Como era novato, fiquei bastante nervoso e comecei a correr muito. A polícia me parou, achando que eu estava fugindo”, recorda.

Ao explicar a situação, os policiais entenderam e, mais do que isso, o ajudaram, fazendo escolta pela Avenida Rebouças até o Hospital das Clínicas. “Fui dirigindo como um rei, com polícia atrás, na frente e dos lados, abrindo caminho para a gente. Chegando na entrada do pronto socorro, o bebê nasceu, mas dentro do carro. Os médicos foram lá para cortar o cordão umbilical e tirar a moça de dentro do veículo.”

Apesar da longa experiência ao volante, Luiz revela que o trabalho com aplicativo o ensinou a ser menos imediatista. “É fundamental ter paciência para aguardar os passageiros, para esperar as chamadas. Esse trabalho é assim. Se quisermos continuar nele, temos que nos acostumar”, aconselha. De tudo que viveu ao longo dessa jornada, Luiz destaca o aprendizado diário como maior prêmio. “A vivência ao lidar com tantas pessoas e o conhecimento adquirido são minhas maiores conquistas. Hoje consigo me enxergar e ver as coisas de forma melhor.”


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