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Profissão motorista: ‘Gosto de fazer a minha rotina’

Por: Apresentado por 99 e Blue Studio . 09/11/2022

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Profissão motorista: ‘Gosto de fazer a minha rotina’

Juliano Prates já ficou famoso em rede nacional, valoriza a flexibilidade ao dirigir por app de transporte e aponta suas estratégias para ganhar mais

3 minutos, 41 segundos de leitura

09/11/2022

Por: Apresentado por 99 e Blue Studio

Motorista em tempo integral, Juliano faz entregas de moto e também dirige com carro próprio pelas ruas de São Paulo desde 2016. Foto: arquivo pessoal

“O trabalho é e sempre será a solução para situações adversas”, adianta Juliano da Silva Prates, 33 anos e motorista de aplicativo desde 2016. Foi assim desde que começou sua trajetória profissional, como vendedor em loja de shopping, e continua até hoje, tendo passado pelas fases mais críticas da pandemia.

A atividade ao volante começou por influência de um primo, na época em que os profissionais ganhavam por indicações e novos cadastros. Quando a 99, empresa de tecnologia ligada à mobilidade urbana e à conveniência chegou ao Brasil, ele já tinha alguma experiência na área e se cadastrou na plataforma rapidamente.

Sua adaptação aconteceu de maneira tranquila especialmente porque como vendedor ele se ressentia pela falta de flexibilidade. “Ficava até tarde e, quando chegava próximo ao fim de ano, era pior ainda”, lembra. “Como motorista pude fazer minha rotina, que é algo que valorizo muito até hoje. Recordo-me de muitas vezes quando tinha de sair de casa para o shopping quando estava tendo um churrasco ou algo assim. Mas, agora, posso me planejar”, comemora.

Estratégia para ganhar mais — Morador do bairro do Butantã, na zona oeste de São Paulo, Juliano explica que se divide entre dois modais: de manhã e em parte da tarde faz entregas de motocicleta para uma padaria. E, depois, dirige pela plataforma da 99 com seu automóvel. “Por volta das 15h, finalizo na padaria e, um pouco mais tarde, pego minha filha na escola. Volto a trabalhar no começo da noite, só que de carro, e termino o dia entre 22h e 23h no máximo”, detalha.

Para aumentar seus ganhos, ele não abre mão de suas estratégias. “Meu ‘expediente’ é quase todo no horário de pico, mas por volta das 21h30 já começa a desaquecer. Então, sempre pego uma ou duas corridas mais longas para finalizar”, explica.

Outra tática é priorizar as campanhas e promoções. “Sempre valem a pena, porque a maioria não cobra taxa do aplicativo e conseguimos nos organizar. O app sempre manda os anúncios um ou dois dias antes”, alerta.

Compartilhando experiências — Juliano orienta os novatos para ficarem atentos à segurança e à rentabilidade: não esperar dentro do carro em áreas desertas e perigosas; nunca voltar de locais distantes ‘batendo lata’, ou seja, sem um passageiro.

Ele considera fundamental a apresentação do motorista e do veículo. “O carro tem de estar limpo do teto ao carpete e cheiroso. E com a manutenção em dia, pneus em bom estado e é importante antecipar as trocas de óleo, porque rodamos muito”, recomenda.

Rotina interrompida — Mesmo tendo se adaptado facilmente à profissão, ele revela que a pandemia foi um desafio muito grande para ele e para sua família. No início, com sua esposa grávida, decidiu parar por um tempo, com medo da contaminação. “Mas, as coisas começaram a ficar difíceis. Comecei a me endividar e tive que voltar ao trabalho em dois meses”, explica.

Algum tempo depois do nascimento de sua filha, hoje com dois anos, e mesmo tomando todos os cuidados para evitar a doença, Juliano acabou pegando Covid-19.

Motorista tem história — Um dos casos mais marcantes de sua carreira aconteceu tarde da noite, quando já se preparava para finalizar: uma chamada da Brasilândia, bairro da zona norte, também na capital paulista. “Pensei duas vezes porque era longe e em uma área de risco. Porém, algo me dizia que precisava aceitar”, recorda. Quando chegou, uma mãe estava chorando, com uma criança febril nos braços.

“A mulher estava desesperada, sem celular e tinha emprestado dinheiro do vizinho para a corrida, mas apenas para a ida”, recorda. “Disse que esperaria até que fossem atendidas no hospital da Cachoeirinha e as levaria de volta, sem cobrar nada. Nesse dia, cheguei em casa às 4h, mas não tinha como, não é? Fiquei com o coração partido, sou pai”, relata. “Felizmente, a criança ficou bem.”

Essa e outras histórias lhe renderam um pedido inusitado: o convite para participar da última edição do BBB Brasil, cujo almoço do “Anjo” teve o patrocínio da 99, com uma aparição em rede nacional. “Foi emocionante e percebi como é alta a audiência do programa, as pessoas assistem mesmo. Muita gente me ligou dizendo que tinha me visto, foi muito legal”, conclui.


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