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Brasil terá ritmo próprio de adesão aos veículos elétricos

Por: Estadão Blue Studio . 29/06/2022

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Brasil terá ritmo próprio de adesão aos veículos elétricos

Sucesso do etanol permite ao País uma transição mais gradual do que aquela projetada pelos países fortemente apoiados em combustíveis de origem fóssil

2 minutos, 37 segundos de leitura

29/06/2022

João Irineu Medeiros, diretor de Compliance de Produto da Stellantis para a América Latina, falou sobre mobilidade elétrica e descarbonização. Foto: Joel Silva/Estadão Blue Studio

Gigante automobilística com cinco marcas presentes no Brasil – Fiat, Jeep, Peugeot, Citroën e Ram –, a Stellantis projeta que, em 2030, 20% das suas vendas no País serão de veículos elétricos, índice que nesse mesmo ano chegará a 50% nos Estados Unidos e a 100% na Europa.

Não se trata, no entanto, de uma notícia negativa para o Brasil, e sim reflexo de um privilégio: ter desenvolvido com grande sucesso o programa de etanol, combustível limpo que se tornou uma vantagem competitiva relevante num momento em que o mundo inteiro busca por sustentabilidade.

“O etanol está pronto e deve ser valorizado. Isso não significa que não devemos trabalhar por outras formas de propulsão que ainda precisam amadurecer”, disse João Irineu Medeiros, diretor de Compliance de Produto da Stellantis para a América Latina, durante o painel “Como superar as barreiras da infraestrutura e preço dos carros elétricos no Brasil?”, parte da programação do Parque da Mobilidade Urbana 2022, evento realizado entre 23 e 25 de junho no Memorial da América Latina, em São Paulo, numa parceria do Mobilidade Estadão com a plataforma Connected Smart Cities.

Medeiros lembrou que hoje, considerando-se todas as etapas envolvidas na fabricação e no uso dos veículos, há um empate técnico em termos de sustentabilidade entre os elétricos e aqueles movidos a etanol.

A combinação entre os dois modelos de propulsão, em veículos híbridos, pode potencializar as virtudes de cada um e amenizar os problemas – que, no caso dos elétricos, estão concentrados nos custos financeiros e ambientais para a produção das baterias. “A combinação com etanol viabiliza o uso de baterias menores enquanto a tecnologia evolui e os custos caem”, descreveu o executivo da Stellantis.

Redução das emissões

Em busca de soluções para liderar o desenvolvimento de uma mobilidade mais sustentável, a Stellantis está investindo globalmente 30 bilhões de euros, até 2025, na eletrificação dos seus produtos e no desenvolvimento de software.

Entre os lançamentos elétricos e híbridos já feitos no Brasil pela empresa, estão o Fiat 500e, o Peugeot e-208 GT, os utilitários Peugeot e-Expert, Citroën Ë-Jumpy e Fiat e-Scudo, além do novo Jeep Compass 4xe híbrido plug-in, que chegou em abril como o primeiro híbrido da Jeep lançado no País.

De acordo com o plano global da empresa anunciado recentemente, o Dare Forward 2030, a descarbonização completa do ciclo produtivo se dará até 2038, incluindo a meta de 50% até 2030. As operações da empresa no Brasil já apresentam avanços concretos nessa direção. 

Um exemplo é o Polo Automotivo Jeep de Goiana, que recebeu o certificado de Carbono Neutro no início de 2021, tornando-se o primeiro complexo industrial multiplantas carbono neutro da América Latina. A planta principal é neutra desde 2017 e o parque de fornecedores se juntou a ela em 2021. A fábrica de motores de Betim (MG), a unidade de motores de Campo Largo (PR) e outras três plantas de componentes já são neutras em emissões.

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