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Transporte público operado por ônibus elétrico avança no Brasil

Por: Décio Costa . 01/09/2022

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Transporte público operado por ônibus elétrico avança no Brasil

Cresce o número de marcas no País que começarão a produzir modelos movidos a bateria

3 minutos, 35 segundos de leitura

01/09/2022

Por: Décio Costa

Fabricantes aumentam investimentos na produção de ônibus movido a bateria: em 2023, expectativa é de que pelo menos seis marcas produzam esse tipo de veículo no País. Foto: Divulgação Iveco

O transporte coletivo por ônibus elétrico ainda é fração muito pouco representativa na frota circulante do Brasil. Monitoramento da E-Bus Radar, plataforma colaborativa alimentada por diversas instituições voltadas ao estudo do clima e da mobilidade, registra apenas 351 unidades elétricas no País, menos de 1% dos 385,5 mil ônibus em serviço nas cidades brasileiras.

A transformação para deslocamento público sem emissão de gases poluentes, no entanto, começa efetivamente a se mostrar. Ao menos é o que se percebeu pelo movimento das fabricantes na LatBus 2022, principal feira de negócios do setor da América Latina, em agosto, em São Paulo.

No parque industrial de fabricantes em operação no Brasil, apenas a chinesa BYD, em Campinas (SP), e a Eletra, em São Bernardo do Campo (SP), possuem opção de ônibus movido a bateria. A partir do próximo ano, porém, mais duas marcas têm compromissos firmes com eletrificação e outras duas encaminham objetivos.

Projeção otimista

A Mercedes-Benz começa a produzir na fábrica do ABC Paulista o eO500U ainda neste ano. O primeiro chassi elétrico da marca entra em linha com programação de pelo menos cem unidades já encomendadas e projeção de um mercado de 3 mil veículos até 2024.

“A estimativa considera demanda e desejo. Talvez, o volume não se realize, mas há muitas sinalizações”, observa Walter Barbosa, diretor de Vendas e Marketing da Mercedes-Benz. “2022 é o ano no qual o ônibus começa a sair do papel com negócios efetivos. Ano que vem devemos ter volume superior a mil unidades.”

A previsão de Barbosa é baseada no interesse de diversas cidades espalhadas pelo Brasil em adotar o ônibus elétrico no sistema de transporte público. Só o município de São Paulo absorveria 2,6 mil unidades em cumprimento a programa da Prefeitura com meta de ter pelo menos 20% da frota composta por elétricos até 2024. “Há uma negociação em andamento de 500 unidades elétricas. Mas também tratativas com São Bernardo do Campo, Salvador (BA) e Vitória (ES)”, informa o executivo da Mercedes-Benz.

Tecnologia limpa

A encarroçadora de Caxias do Sul (RS) Marcopolo também deu passo firme em direção à eletrificação. A fabricante aproveitou a feira da LatBus para anunciar produção em série do Attivi, primeiro ônibus 100% elétrico da marca com chassi próprio. Até o fim do ano, a empresa espera fabricar 30 unidades em diferentes configurações para várias regiões do País. O veículo soma quatro anos de desenvolvimento e, desde outubro do ano passado, esteve em testes práticos na região central de Santo André (SP).

“A tecnologia limpa é uma tendência mundial e o Attivi elétrico consolida estratégia de descarbonização da Marcopolo, com tecnologia predominantemente nacional e com foco na mobilidade brasileira”, resume Ricardo Portolan, diretor de Operações da companhia.

Experiência europeia

Ainda sem data definida de lançamento, a Volvo anuncia que vai iniciar o desenvolvimento para o País do chassi elétrico BZL. É um produto global da marca, oferecido na Europa e, atualmente, em teste no Chile.

A princípio terá possibilidade de pacotes com 3, 4 ou 5 baterias e um ou dois motores elétricos, além de carrocerias de 9 ou 13,2 metros com capacidade para até 90 passageiros.

“O BZL traz toda a nossa experiência em ônibus elétricos, que há anos circulam na Europa”, conta Fabiano Todeschini, presidente da Volvo Buses América Latina. “Com esse novo chassi, poderemos contribuir para o transporte público sustentável também em outros mercados.”

Destinado às operações urbanas, o BZL entrega 300 km de autonomia e, como diferencial, permite recargas rápidas, de 6 minutos, por meio de um carregador de teto.

Maior oferta

A Iveco é outra empresa que tem planos de oferta de ônibus elé­tricos. O candidato é o E Way, exposto no estande da marca. Encontrado na Europa como produto integral, deve chegar por aqui apenas como chassi, conforme modelo de negócio da região. “No fim de 2023 devemos começar a preparar a rede para a eletrificação”, planeja Danilo Fetzner, diretor da Iveco Bus para a América Latina.

351 é o número da frota de ônibus elétricos no Brasil

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