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Forza 350 sai de linha; veja outras motos Honda que também ‘não deram certo’ no Brasil

Por: Arthur Caldeira . 04/12/2024
Meios de Transporte

Forza 350 sai de linha; veja outras motos Honda que também ‘não deram certo’ no Brasil

Importada, scooter de 350cc chegou com preço muito acima das concorrentes e ficou apenas dois anos no mercado

5 minutos, 19 segundos de leitura

04/12/2024

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Desde agosto de 2022, Honda vendeu apenas 125 unidades da Forza 350 em pouco mais de dois anos. Fotos: Honda

Lançada em agosto de 2022 para brigar com a Yamaha XMax 250 e outras scooters de 300cc da Dafra, a Honda Forza 350 sai de linha no Brasil. A maxi scooter simplesmente sumiu do site oficial da marca japonesa, recentemente. Questionada, a empresa confirmou que a Forza 350 saiu de linha. “A Honda confirma que o modelo Forza 350 não integra mais o portfólio de produtos da marca no Brasil”, afirmou em nota. 

Mas, afinal, por que a Honda Forza 350 saiu de linha no Brasil? Embora seja um sucesso na Europa, a scooter de 350cc não “deu certo” no mercado brasileiro. A principal razão é que a Forza não teve bons números de venda. 

Em pouco mais de dois anos, a Honda vendeu apenas 125 unidades da scooter. No ano passado, por exemplo, foram importadas apenas duas unidades da scooter. Dessa forma, fica fácil de entender porque a Forza 350 saiu de linha no País. 

Leia também: Avaliação: scooter Honda Forza 350 tem bom desempenho, mas cobra caro por isso

Por que a Forza 350 saiu de linha no Brasil?

Apresentada no Salão Duas Rodas 2019, ainda como Forza 300, a maxi scooter chegou aqui três anos depois, já em sua nova geração com 350cc. Apesar de ser um excelente maxi scooter, prática para o dia a dia e com conforto e desempenho para viajar, a Forza sofreu com a estratégia comercial adotada pela Honda para o modelo. 

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Importada, Forza 350 chegou com preço muito acima das concorrentes

Ao invés de produzir a Forza 350 em sua fábrica de Manaus (AM), a fabricante japonesa optou por trazer o modelo importado. Com isso, a scooter paga altos impostos e chegou aqui muita cara. À época do seu lançamento, o preço sugerido da Forza 350 era de R$ 47 mil. Quando saiu de linha, custava mais de R$ 50 mil!

O valor pedido pela Honda era muito superior ao cobrado pelas concorrentes. A Yamaha XMax 250, por exemplo, custa R$ 34.990 no seu modelo 2025. As scooters Dafra, como a Cruisym 300, também estavam na mesma faixa de preço, R$ 34.490. 

Em função dessa estratégia equivocada, a Forza 350 não deu certo no Brasil. Apesar de liderar o segmento de scooters, com a líder PCX 160, a Honda continua sem um modelo competitivo entre as maxi scooters.

Outras motos Honda que ‘fracassaram’ no Brasil

Uma fabricante, líder do mercado de motos no País e do porte da Honda, não pode se dar ao luxo de manter uma scooter que vende 40 unidades por ano. Não faz sentido. Entretanto, saiba que a Forza 350 não é o primeiro modelo da Honda que fracassou no mercado brasileiro. Outras motos da marca japonesa também não deram certo no Brasil, pelos mais variados motivos; confira:

CTX 700N

Equipada com o mesmo motor da NC 700X na época, a CTX 700N chegou ao Brasil em 2014, mas não durou muito. Com a proposta de ser uma custom racional, a CTX era fácil de pilotar e econômica, mas faltava tempero. Com um desenho espartano e um comportamento muito racional, não fez sucesso.

Foi importada do Japão para testar o mercado, mas a Honda desistiu de vendê-la no ano seguinte. Vale destacar que a linha CTX 700, pois também havia uma modelo carenado, não deu certo também na Europa, onde ficou apenas dois anos em linha.

VFR 1200X Crosstourer

Uma das primeiras motos da Honda equipadas com o câmbio DCT, a VFR 1200X Crosstourer foi apresentada como conceito no Salão de motos de Milão 2010. Em 2013, a aventureira tornou-se realidade e também desembarcou no Brasil. Além do câmbio DCT, trazia rodas raiadas, transmissão final por eixo-cardã e pretendia brigar com a BMW R 1200GS, mas a história não foi bem assim.

Apesar de sua boa ciclística e tecnologia embarcada, a Crosstourer era uma aventureira mais voltada para o asfalto. Na época também, o DCT não era tão acertado como é atualmente e os motociclistas brasileiros torceram o nariz para a novidade. O resultado foi que a Honda vendeu o modelo durante pouco tempo no Brasil.

CBR 500R

Lançada durante o Salão Duas Rodas 2013, a esportiva Honda CBR 500R chegou às lojas no final daquele ano. A esportiva “racional” da marca japonesa, contudo, não repetiu o sucesso de vendas das suas irmãs naked CB 500F e crossover CB 500X. Seu “fracasso” fez com que a Honda tirasse o modelo de linha em 2019.

Com um motor de apenas 50 cv e pouca esportividade, a verdade é que a CBR 500R nunca fez jus ao “R” de Racing. Com as vendas baixas do modelo, a Honda preferiu apostar na CBR 650R e na CBR 1000RR Fireblade na época.

Gold Wing Bagger

Com a mesma base mecânica da Gold Wing Tour, a Bagger se diferencia por não ter top case. Com isso, traz apenas as malas laterais rígidas, daí seu nome. O modelo chegou por aqui em 2019, juntamente com a sua irmã mais luxuosa. Entretanto, a Gold Wing 1800 Bagger não tinha a opção do câmbio DCT como na versão Tour.

Veio apenas um lote do modelo para o Brasil, importado ainda. O preço da Bagger também não era tão menor do que o da versão Tour. Com isso, os compradores acabavam optando pela versão mais completa e a Honda não vende mais a Gold Wing Bagger no País.

CRF 250L

Poucos sabem, mas a desejada trail CRF 300L, vendida atualmente na Europa, já foi vendida no Brasil quando ainda tinha 250cc. A então CRF 250L chegou ao País em 2013, importada da Tailândia. Tinha um excelente conjunto ciclístico, mas um motor que ficava devendo um pouco em desempenho.

Apesar de ser bem aceita, a CRF 250L não teve bons números de vendas. Por ser importado, o modelo caía numa faixa de taxação que fazia seu preço ficar muito acima de outras 250cc do mercado. Com isso, a Honda tirou de linha a CRF 250L e sua irmã esportiva, a CBR 250R. Ambas vinham importadas da Tailândia e sofreram com os altos impostos para modelos não produzidos no Brasil.

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