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5 dicas para pilotar e cuidar bem da sua scooter

Por: Arthur Caldeira . 03/11/2020
Meios de Transporte

5 dicas para pilotar e cuidar bem da sua scooter

Câmbio automático CVT dispensa regulagens e lubrificação periódica, mas exige cuidado na pilotagem e atenção à manutenção preventiva

4 minutos, 23 segundos de leitura

03/11/2020

scooter atravessando um alagamento
Foto: Getty Images

A facilidade de apenas acelerar e frear é um dos principais motivos que leva muitas pessoas a optar pela scooter como o primeiro veículo de duas rodas para os deslocamentos diários. Mas esse tipo de moto também oferece outra comodidade quando o assunto são as manutenções periódicas.

O sistema de transmissão automático CVT é composto por correia, roletes e polias, que transformam a força do motor em movimento na roda traseira, além de controlar a aceleração. Tudo isso sem que o condutor tenha de se preocupar em acionar a embreagem. 

Diferentemente das motos tradicionais, as scooters não têm transmissão final com pinhão, coroa e corrente. Com isso, o proprietário não precisa se preocupar em ajustar ou lubrificar a corrente periodicamente – em geral, a cada mil quilômetros. Entretanto, é preciso ficar atento à forma de utilização do câmbio e também à manutenção do sistema de transmissão.

Conversamos com Glauco Cavalini, gerente de serviços ao cliente da Honda, que deu cinco dicas importantes sobre como conduzir e cuidar de sua scooter para não comprometer a durabilidade e a eficiência do câmbio CVT. Confira.

1 – Suavidade na condução da Scooter

Como muitos condutores de scooter são estreantes no mundo das duas rodas, a forma de uso desse câmbio ainda gera dúvidas. Por inexperiência, muitos acabam forçando a transmissão.

A primeira dica de Glauco Cavalini, especialista da Honda, é ter suavidade na condução. “Não precisa girar todo o acelerador. Acelere progressivamente. Isso vai fazer o CVT durar mais e manter o funcionamento adequado por mais tempo”, diz. 

As scooters largam na frente de outras motos, mas não é preciso acelerar tudo de uma vez nas arrancadas. Esse hábito pode comprometer a durabilidade do conjunto. Também não fique acelerando a scooter enquanto estiver parado, isso aumenta a temperatura e diminui a vida útil do CVT.

2 – Não abra todo o acelerador

Projetadas para uso urbano, as scooters menores não têm velocidade final muito alta – a Honda PCX 150, por exemplo, chega a 120 km/h. Se você abrir todo o acelerador, “no talo”, por muito tempo, pode também danificar o conjunto de transmissão CVT.

Um sintoma de que o CVT está com problemas é a redução da velocidade máxima da scooter. Se, antes, sua scooter ia até 120 km/h, por exemplo, mas agora não passa de 100 km/h, fique atento. “Isso tem relação direta com o desgaste da correia e das polias”, explica o especialista da Honda. Quando isso acontecer, leve seu scooter à concessionária ou ao seu mecânico de confiança para realizar uma inspeção do sistema.

3 – Fique longe dos alagamentos

O conjunto do CVT – polias, roletes e correia – trabalha a seco, ou seja, sem óleo. Se você passar por uma enchente, por exemplo, água e sujeira podem entrar no sistema, comprometendo o funcionamento e prejudicando a durabilidade do câmbio. “O sistema é vedado, mas foi projetado para proteger da chuva e de poças d’água. Se ficar submerso, a água pode estragar os roletes e as polias”, alerta Cavalini.

Outro risco em enchentes é entrar água no motor. Nas scooters, que, geralmente, têm rodas pequenas, esse risco é ainda maior. A água pode entrar pelo filtro de ar e causar calço hidráulico no cilindro e no pistão. Portanto, se topar com um alagamento, pare a scooter e espere a água baixar. 

4 – Manutenção preventiva prolonga a vida da scooter

Por último, Glauco Cavalini afirma que a melhor forma de cuidar do CVT da scooter é seguir o plano de manutenção, contido no manual do proprietário. “Em geral, é preciso fazer inspeção e limpeza do conjunto de transmissão da scooter a cada 12 mil quilômetros, e a correia dentada deve ser substituída a cada 24 mil quilômetros”, ensina ele.

A inspeção e a limpeza são necessárias para evitar que alguma sujeira cause desgaste prematuro dos componentes, e a troca da correia é fundamental para manter o bom desempenho do CVT da sua scooter.Se a velocidade final cair ou a scooter demorar em arrancar quando você acelerar – e se ouvir algum ruído estranho no conjunto –, leve sua scooter à concessionária para realizar a inspeção e a manutenção, caso seja necessário.

5- Troca de óleo

O fato da transmissão CVT trabalhar a seco, ou seja, sem óleo, também faz com que o lubrificante da scooter seja um pouco diferente do utilizado nas motos. Nas motocicletas convencionais, o óleo do motor também lubrifica o câmbio, mas isso não acontece nas scooters. “Temos até um óleo específico para scooter, com propriedades antifricção, que reduz o atrito das peças internas e garante o melhor desempenho do motor”, explica Cavalini.

Quanto ao prazo para troca de óleo, o especialista da Honda afirma que o proprietário deve seguir o intervalo recomendado no manual do proprietário da scooter. Mas, claro, é preciso verificar o nível de óleo periodicamente. Caso esteja abaixo do mínimo, pode-se completar utilizando um lubrificante com as mesmas especificações.

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